Enviada em: 04/07/2017

A propaganda teve um papel de destaque na formação mundial. Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a publicidade vendia ao cidadão a ideia de que a guerra era algo bom e necessário. No Brasil, em 1939, Getúlio Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), feito para censurar a oposição e veicular conteúdos que contemplassem a sua imagem e a política do Estado Novo. A publicidade é um meio de persuasão utilizado na política e no âmbito social. Desde a Antiguidade, o papel da mulher na sociedade é de subordinação e restrição. Era apenas uma progenitora encarregada de serviços específicos, como os domésticos. Com a revolução feminista que o mundo acompanha no momento atual, onde a mulher luta pela equidade de gênero em todas as esferas sociais, tendo tido seu início em 1893, com o Sufrágio feminino, onde as mulheres lutaram pelo direito ao voto, é imprescindível que se reavalie o retrato da mulher na publicidade.     A presença majoritária de mulheres em propagandas de determinados produtos ditava que o mesmo era destinado aos homens. Essa ditadura de qual produto é adequado para qual gênero contribui para o machismo, uma vez que a mulher que consome um produto considerado masculino sofre opressão social.   Há diversos anúncios publicitários onde o corpo feminino é retratado como um objeto, como uma mesa, por exemplo. Essa objetificação feminina faz com que a mulher seja retratada como algo descartável e capaz de ser comprado, causando desrespeito e acarretando o aumento do número de violência doméstica e disparidade de salários entre homens e mulheres.   A Câmara dos Deputados deve aprovar leis que regulamentem as violações aos Direitos humanos na publicidade e defina penas para as ilegalidades cometidas. A mídia deve se comprometer a não veicular propagandas ofensivas e machistas, assim como o departamento de propaganda das empresas, para, assim, se propagar o respeito à mulher.