Enviada em: 18/07/2017

O termo "objetificação" tem fundação a partir da década de 70, sendo esse a análise de um indivíduo como objeto, sem considerar o emocional e psicológico. Entretanto, com a cultura patriarcal no Brasil, a objetificação da mulher é persistente na contemporaneidade, mesmo com tantas conquistas. Dessa maneira, além de obter uma estereotipação, a cultura machista e a desvalorização do papel social feminino permanecerá, se não for debatida.         Primeiramente, é necessário ressaltar que a eficácia do Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária ( CONAR ) é falha, em relação à propagandas relacionadas a sensualidade de mulheres para satisfação dos homens. Além disso, como na maioria das propagandas de cerveja, há uma grande exposição das partes do corpo da mulher sem ser o rosto. E, essas exposições tem como consequência de auto-objetificação da mulher.        Ademais, com a cultura patriarcal imposta na sociedade brasileira, tem-se a ideia de que a mulher "deve servir" o homem. Como foi exposto em uma propaganda de gravata, a qual tinha o slogan : " Mostre para ela que o mundo é dos homens. " e continha uma mulher ajoelhada ao lado do homem, mesmo sendo da década de 50, ainda há esse tipo de propaganda, principalmente em comerciais de cerveja. Porém, como a igualdade de gênero é uma realidade, o respeito e a tolerância se fazem necessárias nesse meio.        Outrossim, com a frase de Paulo Freire, filósofo, que remete a não sobreposição de ninguém, é notório que as lutas e as conquistas da sociedade feminista no Brasil tem sido relevantes. Mesmo com a imposição dessas propagandas, há indivíduos que se sintam incômodos ao ver o uso da sensualidade feminina para promover algo. Dessarte, sem tal controle do que se é publicado, muitas mulheres estão sujeitas a se sentir objetificadas e inferiores.        Diante do exposto, medidas são necessárias para que não haja a sobreposição de autonomia e objetificação feminina. Como por exemplo, projetos em ONG's que visem assegurar que mulheres não são objetos. Assim como, apoio midiático com parceria da CONAR para que as propagandas não utilizem o sensualismo da mulher para promover algo. E, sobretudo, a reflexão de cada indivíduo sobre a imagem feminina dentro da sociedade