Enviada em: 24/04/2018

Na série de televisão True Blood vampiros passam a conviver com humanos graças a criação de sangue artificial. Fora da ficção, ainda não existe nenhum substituto para o sangue, portanto a doação é imprescindível para a perpetuação da vida humana. Apesar disso, no Brasil vê-se que apenas uma pequena parte da população é doadora. Além da falta de participação dos cidadãos, os baixos índices também estão ligados a empecilhos burocráticos, como os que restringem a doação de homens homo e bissexuais.       Segundo dados do Ministério da Saúde, menos de 2% da população brasileira doa sangue. Os números são preocupantes, tendo em vista a demanda de pacientes que necessitam de transfusão.  Apesar de campanhas de conscientização – como por exemplo o junho vermelho – muitos indivíduos deixam de contribuir, seja pela falta de conhecimento acerca do assunto, seja pela falta de tempo e dificuldade de se locomover até um ponto de coleta. Ademais, certas regras vêm impedindo um grande número de doações.       Para ser um doador de sangue é necessário preencher uma série de requisitos definidos pelo Ministério da Saúde, como por exemplo ter no mínimo 50kg e não ter praticado sexo com desconhecidos no último ano. Essas medidas servem para proteger tanto o doador, quanto o paciente que irá receber o sangue. Entretanto, ao proibir a doação de homens se relacionaram com outros homens dentro de 12 meses, além de se estar discriminando indivíduos pela sua orientação sexual, ainda ocorre um desperdício de 18 milhões de litros de sangue por ano, haja vista que segundo o IBGE homens homo e bissexuais já somam mais de 10 milhões no Brasil.       Portanto, medidas são necessárias para reverter a situação atual. Primeiramente o Ministério da Saúde, juntamente com a Anvisa, deve revogar a proibição referente a homens que tiveram relações  com o mesmo sexo, dessa forma aumentaria o número de possíveis doadores. Além disso, a União através da arrecadação de impostos deve repassar mais verba aos hemocentros, para que esses organizem mutirões de doação em locais estratégicos, como por exemplo em empresas e faculdades, facilitando assim o contato com a população. Também seria vantajoso investir na criação de um portal virtual esclarecendo dúvidas sobre o tema. Com a tomada dessas medidas mais vidas poderão ser salvas.