Enviada em: 23/04/2018

Na Segunda Guerra Mundial, a já conhecida técnica de transfusão de sangue passou a ser utilizada para o tratamento de soldados feridos de todas as nações. Essa medida terapêutica, mostrou-se eficaz desde então, salvando diversas vidas. Entretanto, o Brasil enfrenta diversos desafios para alcançar o número de doações necessárias, uma vez que há regras criteriosas e discriminatórias para barrar grupos específicos, alido ao fato de que ainda há pouco conhecimento da população sobre o tema em questão, dificultando ainda mais o problema.       É possível afirmar que o Brasil perde possíveis doadores de sangue ao observar suas regras criteriosas e discriminatórias, haja vista que homossexuais não podem ser doadores. De acordo com o IBGE (2011), quase 20 milhões de litros de sangue por ano são rejeitados por causa da orientação sexual do doador. Nesse sentido, apesar de todos os testes que são realizados no sangue para detectar se há algum empecilho para o recebimento do sangue, a discriminação de gênero ainda prevalece.       Somado a isso, pode-se dizer que criou-se diversas mistificações à respeito do tema. Muitos brasileiros desconhecem a importância de uma doação, crendo até mesmo que não é possível nem realizá-la. Apesar de atualmente já existirem muitas campanhas, ainda se mostram ineficientes, uma vez que em 2014, somente 1,8% da população brasileira havia realizado uma doação (ABRIL, 2017). Vale também ressaltar que muitas dessas campanhas não chegam para as camadas mais pobres da população, estando normalmente centralizadas nas áreas dos grandes hospitais.       Sendo assim, são necessárias medidas para resolver o impasse. Como mostra Luiz Gasparetto, "enfrentar preconceitos é o preço que se paga por ser diferente", e é justamente esse preço que homossexuais pagam por sua escolha. Nesse sentido, para eliminar a discriminação, é necessário que o Ministério da Saúde abone definitivamente a proibição de homossexuais doarem sangue, controlando e fiscalizando hemocentros e assim, aumente o número de doações. Além disso, hospitais públicos e privados devem ampliar as campanhas para toda a população, facilitando o encontro de novos doadores. e consequentemente, salvando mais vidas. Esses caminhos são importantes para que haja a participação de toda a sociedade nesse ato de caridade.