Enviada em: 12/05/2018

No filme estadunidense, "A Procura da Felicidade", o personagem de Will Smith é visto doando sangue em uma das cenas e recebendo certa quantia em dinheiro em troca. Analogamente, no Brasil, situações como essa já se fizeram presentes, entretanto, acabaram gerando problemas de saúde tanto para o doador quanto para quem recebe a doação, tendo em visto que muitas pessoas carentes faziam doações como forma de ganho. No ínterim atual, apesar das muitas tentativas de aumento na taxa de doadores, ainda existem muitos obstáculos para a doação de sangue no país. Esse fato é  corroborado pelo atual cotidiano corrido do brasileiro e situações de preconceito, como a homofobia, que impedem um crescimento significativo.    Mormente, no contexto capitalista vivido pela nação, a transfusão de sangue torna-se invisível diante do dia-a-dia agitado e confirma o pensamento de A. Schopenhauer de que os limites no campo de visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo que a cerca, uma vez que, o individualismo e a agitação na sociedade capitalista faz com que, na maioria das vezes, as pessoas não pensem na necessidade de outrem e acabem visando apenas o mundo envolto dela mesma. Um exemplo disso são as mensagens - que muitos conhecidos mandam através de dispositivos de mídia - pedindo a doação de sangue para parentes ou colegas e que, muitas vezes, acabam sendo perdidas e até esquecidas nos celulares durante o dia.     Outrossim, é que devido a alta seletividade dos postos de saúdes na coleta de sangue, muitas pessoas com intenção de serem doadoras são impedidas por motivos, em algumas situações, ínfimos. Analisando essa realidade, pode-se relacionar também a homofobia como um empecilho para o aumento das taxas de transfusão sanguínea, já que, consoante a Fundação Pró-Sangue, homens podem doar de 60 em 60 dias, 30 dias a menos que mulheres e homossexuais são vedados, muitas vezes, por ainda fazerem parte do grupo de risco.      Diante do exposto, é imprescindível, pois, que o Ministério da Saúde e as empresas de planos de saúde em geral criem projetos dentro dos hospitais que telefonem para a população e conversem sobre a importância da doação de sangue para salvar vidas, visando assim instigar a empatia das pessoas em meio a vida corrida hodierna. Ademais, é cabível também que esses mesmos órgãos unam-se a empresas e escolas e façam um dia para a retirada de sangue nos locais de trabalho e estudos por meio da disponibilização de médicos e enfermeiros, dessa forma, influenciando aos trabalhadores e estudantes desses lugares a serem doadores e talvez assim, impedindo que, mais uma vez, precise-se pagar a população por alguns litros de sangue.