Enviada em: 26/05/2018

Os brasileiros são conhecidos pelo mundo por causa da forma simpática e caridosa de como tratam os seus visitantes estrangeiros, porém boa parte da população não são solidários com seus semelhantes, pelo menos quando o assunto é a doação de sangue. Qualquer queda em um banco de sangue pode provocar um desequilíbrio no fluxo de funcionamento dos hospitais, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que 3% a 5% dos habitantes de um país sejam doadores, porém 1,9% dos cidadãos do Brasil doam sangue.  Em determinado período do ano, como o mês de junho e julho, é comum o número de doadores cair, por esse motivo foi criado o "Junho Vermelho" que chama atenção para importância da doação de sangue nessa época do ano porque a nação experimenta a queda das temperaturas e, em seguida, as férias, que provocam uma baixa de comparecimento de doadores: os estoques de sangue caem, em média, 30%. É possível, também, que nessa fase de descanso aumentem os acidentes nas estradas e as unidades de saúde necessitem de maior estoque de sangue, colaborando ainda mais para um cenário desfavorável. Conforme previsto pela Constituição Brasileira, todos são iguais perante à lei, porém existe restrições legislativas em alguns casos de doação de sangue e isso faz com que a porcentagem ideal não seja alcançado, um exemplo é que homens homossexuais só podem fazer doação sanguínea se passarem um ano sem ter relações sexuais, de 101 milhões de homens vivem no país e, do total, 10,5 milhões é homossexual ou bisasexual, ou seja, mais de 10 milhões de pessoas não podem doar sangue.  O Estado, por seu caráter socializante e abarcativo deverá promover políticas públicas que visem educar junto com a sociedade e a escola sobre a importância, necessidade e sensibilidade sobre a doação de sangue para crianças e jovens. Um ponto importante é intensificar as campanhas direcionadas para o público adulto sobre a insuficiência no estoque de sangue nos homocentros e hospitais.