Enviada em: 15/05/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que a sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. Quando observa-se sobre a doação de sangue, no Brasil, vemos que apesar de coletar o maior volume em termos absolutos na América Latina, doa menos do que outros países da região, segundo dados da ONU, essa problemática está inteiramente ligada a realidade do país, pela falta de informação sobre o assunto.  É indiscutível que a falta de conhecimento sobre o tema colabora para o desconhecimento da importância de se doar sangue. Em termos gerais, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue, o ideal de acordo com a ONU seria de 3% a 5%, caso do Japão, Estados Unidos e outras nações desenvolvidas. Em épocas onde há grande concentração de eventos, como meses de Dezembro, épocas de carnaval, ocorre maior ingestão de bebidas alcoólicas e consequentemente aumento de acidentes no trânsito. Assim, vê-se que o incentivo de novos doadores ainda é escasso diante de tais problemas.    Além disso, muitas pessoas buscam doar sangue com intuito de obter vantagens, ou apenas para reposição, pessoas que doam para parentes em casos de emergência, o que não é o ideal. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar dotada de exterioridade e coercividade. Acompanhando essa linha de pensamento contata-se que indivíduos que doam voluntariamente melhoram a qualidade de vida de muitos e obtenção de sangue de qualidade.  Tendo em vista os aspectos observados, o Ministério da Saúde juntamente com o Governo Federal deve propagar as informações na população brasileira. Como dito por Paulo Freire a educação transforma pessoas e pessoas mudam o mundo. Logo campanhas e palestras devem ser feitas preparando o doador desde criança, para que ele seja um voluntário e contínuo, entendendo a necessidade do próximo. Sem isso, não incorporamos os doadores do futuro.