Enviada em: 21/05/2018

Um instante por uma vida           O imperativo categórico de Kant determina que devemos agir como se nosso ato fosse se tornar lei universal da natureza, entretanto, as palavras dele não se tornaram uma realidade palpável quanto à doação de sangue no Brasil. Porquanto diversos fatores têm sido um obstáculo nesse quesito, como a falta de conhecimento, que gera medo, a individualidade e a falta de empatia, infelizmente, a oferta de sangue ainda é menor que a demanda.          Sob esse viés, o desconhecimento  da população acerca da doação de sangue ainda é notório, apesar das campanhas feitas eventualmente. Isso acarreta no receio de muitos indivíduos, pois acham que correm riscos ao doarem. O desconhecimento também gera mitos populares sobre quem pode ou não doar, fazendo com que doadores em potencial achem que não podem fazê-lo. Kant também dizia, "o homem é aquilo que a educação faz dele", nesse sentido, o comportamento do cidadão brasileiro mudará com a obtenção do conhecimento.     Outrossim, de acordo com o filósofo Zygmund Baumam, a individualidade é uma característica marcante da sociedade na era da modernidade líquida, sendo assim, os indivíduos diversas vezes só conseguem ver suas próprias necessidades presentes. Contudo, não percebem que a doação de sangue deve ser um ato de cidadania, pois, qualquer um pode necessitar de sangue, até mesmo ele ou sua família.           Urge, portanto, a necessidade de desmistificar a doação de sangue e de conscientizar os indivíduos da empatia. É imprescindível que o Ministério da saúde, em parcerias com agentes midiáticos, faça campanhas mais regulares e de alcance em grande escala, como nas redes sociais por exemplo, com mensagens apelativas, para trazer o conhecimento para a população e que, as escolas, na semana da doação de sangue, faça palestras para seus alunos, para gerar assim adultos mais conscientes e menos individualistas, tornando realidade o imperativo categórico kantiano.