Enviada em: 13/07/2018

No Brasil, a doação de sangue ainda é um obstáculo na sociedade. Nesse cenário, percebe-se que a falta de informação associada a crenças limitantes motivam a difusão de mitos e tabus, o que impede a sua propagação pelo país. Somado a isso, existem regras que restringem a doação de sangue feita por homens homossexuais, o que é entendido como uma norma discriminatória.       É inegável que a ciência evoluiu muito e fez várias descobertas na área da saúde no entanto, ainda não encontrou um substituto para o sangue. Desse modo, quando um indivíduo carece de uma transfusão ele precisa contar com a solidariedade do ser humano. Contudo, esse assunto está envolto em preconceitos e crenças que se perpetuam na sociedade devido ao desconhecimento da importância da doação e da falta de credibilidade nos serviços de saúde. Destarte, trata-se de um problema de saúde pública, no qual o país falha na questão de campanhas e ações para reverter esse paradigma.       Outrossim, a doação feita por homens homossexuais ainda é um entrave no Brasil, já que esse grupo populacional precisa estar no mínimo 12 meses em abstinência sexual para realizar a doação. Com isso, o país desperdiça cerca de 18,9 milhões de litros de sangue por ano, segundo o IBGE. Dessa forma, a orientação sexual não deve ser critério de seleção, mas sim a condição de saúde dos indivíduos.       Fica clara, portanto, a necessidade de superar as barreiras que interferem na doação de sangue no Brasil. Para reverter esse quadro, cabe ao Governo Federal criar campanhas midiáticas, principalmente na televisão, que evidenciem os benefícios dessa prática e esclareçam que não há risco para a saúde a doação de sangue. É necessário, ainda, a alteração das regras que restringem homossexuais desse espectro, e o investimento em tecnologias que controlem com maior rigor os grupos sanguíneos, para evitar qualquer contaminação e garantir a qualidade do sangue. Dessa forma, o número de voluntário aumentaria e os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidariedade.