Segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Nesta perspectiva, um simples ato de doar sangue pode salvar vidas. No entando, deve-se analisar como a falta de informações e as normas e proibições estão interligadas ao empecilho para tal solidariedade no Brasil. Em primeira análise, é válido pontuar que, apesar de existir incentivos à doação de sangue, há grande carência de informações nas propagandas publicitárias. Logo, é mantido o cenário de insegurança acerca do procedimento, como por exemplo,o medo de contrair alguma doença infecciosa durante a coleta. Desse modo, evidencia-se a importância de uma abrangência melhor de informações nas campanhas. Além disso, as normas e proibições também são consideradas um entrave no número de doações no país. Conforme o artigo 5, da Constituição Federal de 1988, todos são iguais perante a lei, entretanto, não é cumprida na prática. Quando se trata de doar sangue, homossexuais são inaptos por um intervalo de doze meses entre suas relações sexuais. Assim, são "desperdiçados" milhões de sangue que poderiam colaborar para o aumento da atual taxa percentual de doadores. É indubitável, portanto, que a questão da doação de sangue no Brasil é uma realidade crítica, tendo em vista que a doação de sangue é um procedimento muito importante, capaz de salvar vidas. Em razão disso, a mídia tem papel fundamental na exposição de informações mais abrangentes, por meio de propagandas na televisão e em áreas físicas, com o intuito não apenas de conscientização sobre o quão essencial ser um doador, como também de romper com as inseguranças da sociedade. Ademais,o Poder Público em parceria com a OMS, deve revisar as leis que excluem os homossexuais da doação e investir em aparatos tecnológicos que monitore com maior rigor os grupos sanguíneos, afim de aumentar o número de doações. Dessa forma, o Brasil poderá alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1,8% para 3% da população doadora.