Enviada em: 26/07/2018

É de conhecimento geral que, de acordo com a constituição Federal de 1988, todo cidadão brasileiro possui direito à saúde, amparado por lei. No entanto, sabe-se que não compete à legislação a obtenção de recursos, como o sangue, cuja doação depende apenas da solidariedade civil. Sendo assim, inúmeros entraves, seja de cunho político ou educacional, agravam a saúde pública, visto que a mesma não é plenamente garantida sem doações de sangue, pondo em risco milhares de vidas por negligência.   Em primeira análise, vale afirmar que a sociedade brasileira é alvo de campanhas, em massa, sobre o HIV nos mais variados âmbitos. Entretanto, percebe-se que a doação de sangue acaba sendo negligenciada pelas autoridades, visto que há ínfimas politicas públicas e investimentos governamentais. Nesse viés, a falta de  campanhas educacionais gera uma acomodação da sociedade, frente à doação de sangue, acarretando na defasagem das mesmas. Exemplo disso, são dados divulgados pelo site Super, em 2014, no qual apenas 1,8% do Brasil, nesse ano, doou sangue.   Além disso, deve-se pontuar também que, devido à especificidade do sangue doado, livre de doenças como a Hepatite C , por exemplo, a seleção de doadores torna-se restrita e diminuída. Nesse contexto, já afirmava Albert Einstein que a tecnologia excedeu a humanidade, porém a mesma deveria ser utilizada pelos hemocentros que atualmente impedem a doação de homossexuais, caso praticassem relações sexuais posteriores à 1 ano.   Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre Estado e Ministério da Saúde, tendo em vista o subsídio de campanhas educacionais que serão divulgadas em âmbito nacional, sobre os benefícios da doação de sangue, no que tange à saúde pública. É preciso ainda que o Sistema Único de Saúde, paralelamente à ONG's crie pequenos hemocentros nos postos de saúde para uma avaliação prévia da condição sanguínea do doador, otimizando o tempo. Ademais, espera-se que a União invista financeiramente na melhora do aparato tecnológico utilizado para a avaliação sanguínea, evitando ao máximo o desperdício de doadores.