Enviada em: 03/08/2018

O sangue sempre esteve em abundância nos filmes do Quentin Tarantino, mostrando o quão brutal pode ser a perda do sangue, chocando a maioria dos telespectadores. Por outro lado, há também a fragilidade da pessoa que necessita de sangue, devida a importância para viver, portanto, depende em sua maioria de doadores voluntários. O cenário que o Brasil enfrenta é a necessidade de doadores voluntários e mais frequentes, para assim ter uma taxa ideal de doação de sangue no país, pois é vital para salvar a vida de inúmeras pessoas através de um ato solidário. De acordo com a ONU, a taxa ideal de doadores de sangue de um país é de 3% a 5%, como exemplo os EUA e as demais nações desenvolvidas. Contrastando com este modelo, o Brasil possui somente 1,8% de sua população doadora de sangue. Portanto, torna-se evidente um dos fatores mais limitantes para o aumento da doação de sangue no Brasil: a falta de conscientização. Indiferente dos outros países, a população brasileira não é educada desde criança sobre a importância dessa contribuição, praticamente nulo o assunto falado nas escolas e dificilmente discutido nas mídias, o que pode gerar uma precariedade desse recurso na nossa futura sociedade. Seria necessário um longo planejamento entre os órgãos da saúde e da educação do Brasil até criar uma consciência desde o nascimento até a vida adulta, já que é liberado a doação de sangue a partir dos 16 anos, segundo o Ministério da Saúde. Ainda cima, outro fator a ser discutido, é a restrição de doação de sangue perante os homens homossexuais. Conforme o Ministério da Saúde e Anvisa, há uma norma que consideram homens gays um "grupo de risco", devida as transmissões das DSTs e a epidemia de HIV na década de 80 que se faz presente como preconceito até atualmente. Pode ser doado apenas se o indivíduo manter absento de relações sexuais durante o período de 12 meses; além dessa conduta ofender a comunidade LGBT, pois os heterossexuais não estão inclusos na regra (mesmo todas as pessoas podendo adquirir uma DST através do sexo inseguro), a doação de sangue se torna mais escassa ainda, restringindo parte da população brasileira através da orientação sexual, sendo um regulamento imprudente e intolerante. Destarte, a fim de aumentar a porcentagem de doadores de sangue no Brasil, medidas se fazem necessárias para reverter a situação. Primeiramente, o Ministério da Saúde deve rever e vedar a norma que proíbem os gays de doarem sangue, assim os hemocentros atenderiam mais pessoas dispostas a serem doadores. Ademais, em colaboração com o Ministério da Educação, há de ser necessário uma política de conscientização nas escolas através das aulas de biologia e palestras, também possivelmente aos alunos de 16 anos com a autorização dos pais, poderiam ir ao hemocentro mais próximo fazer sua doação, como resultado a educação mostrando que a solidariedade salva vidas.