Enviada em: 02/08/2018

A doação de sangue no Brasil começou em 1879, com o primeiro relato acadêmico sobre Hemoterapia, que surgiu para tratamento de algumas doenças onde o agente terapêutico é o sangue, contudo na época surgiram experiências que descreviam como seria a melhor maneira de praticar a transfusão. A doação ocorre por conta de pessoas que tiveram doenças como: anemia profunda, hemofilia, ou talvez tenha perdido muito sangue por causa de algum ferimento, ademais é necessário exames, como: hepatite B e C, AIDS e sífilis, para que haja a doação. Atualmente, as regras vigentes pela lei, não autorizam pessoas homo ou bissexuais doarem sangue, sendo possível fazer a doação apenas depois 12 meses sem relações sexuais, o que prejudica os estoques de sangue brasileiros, causando certa diminuição.       A lei brasileira autoriza doadores de sangue ter entre 16 e 69 anos, sendo que a primeira doação tenha sido feita antes dos 60 anos de idade, todavia os menores de 18 anos devem possuir autorização de um responsável. Dados expostos pelo OMS, Organização Mundial da Saúde, mostram que são coletados 3,6 milhões de bolsas de sangue por ano, correspondendo apenas a 18% da população doando sangue, indicando a falta de conscientização por parte dessa sobre a importância da doação.        Hodiernamente no Brasil, um homem homo ou bissexual pode fazer a doação de sangue apenas se ficar 12 meses sem relações sexuais, entretanto um homem heterossexual que tenha feito sexo com a mesma parceira, mesmo sem camisinha, pode doar sangue ordinariamente. O advogado Rafael Carneiro, do partido PSB, afirma: '' ofende a dignidade humana e gera discriminação'' , ademais os heterossexuais estão expostos ao mesmo perigo que um homo. Dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram  que há 101 milhões de homens no Brasil, sendo 10,5 milhões homo ou bissexuais. Contudo, um homem pode doar 4 vezes ao ano, sendo 18,9 milhões de litros perdidos por ano, por conta da restrição.        Portanto, a falta de campanhas envolvendo a doação de sangue é exuberante. O governo em parcerias com escolas municipais e  particulares, além de prefeituras e postos de saúde, bem como a mídia, pode criar propagandas, panfletos, palestras em locais públicos, com o objetivo de explicar de maneira clara os benefícios e como ocorre a doação, deixando assim a população conscientizada sobre a importância dessa. No entanto, é de total pertinência que os homens e mulheres homo e bissexuais possam fazer a doação de sangue, eles devem possuir o mesmo direito de um heterossexual que também esta exposto aos mesmo perigos que esses. Por consequência, haverá um maior estoque de sangue, o que ajudará os hospitais e clinicas de transfusão.