Enviada em: 14/08/2018

Luz, câmera, doação    O brasileiro é conhecido mundialmente pela sua empatia e generosidade, porém quando o assunto é doação de sangue deixa a desejar. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o ideal é que no mínimo 3% da população de uma nação seja doadora, contrariando as estatísticas brasileiras na qual menos de 2% contribuem para este ato solidário. Nesse sentido, vale destacar alguns dos fatores que contribuem para essa problemática e medidas para combatê-la.    A falta de interesse aliada à desinformação é uma das causas para a baixa quantidade de doadores. Desde o surgimento do capitalismo, as pessoas estão se tornando cada vez mais individualistas e ignorando o bem coletivo, devido a competitividade e o egocentrismo que tal sistema as submete. Além disso, a difusão de mitos em relação à transfusão sanguínea tem propagado o medo e o receio naqueles que seriam futuros voluntários.     Outro obstáculo que leva a um desfalque significativo nos estoques de sangue é a restrição imposta pelos hemocentros aos homossexuais ( representam um quinto do total de homens brasileiros), uma vez que estes são proibidos de doar sangue se tiverem tido relações sexuais nos últimos 12 meses, evidenciando claramente o preconceito sob essa parcela da sociedade. Esse posicionamento é considerado inconstitucional, uma vez que é contrário ao Artigo 5º da Constituição no qual alega que todos somos iguais perante a lei.    Dessa forma, é necessários medidas para mudar o cenário nos hemocentros brasileiros e alcançar o ideal empregado pela ONU. A princípio, o Ministérios da Educação juntamente com agentes de saúde poderiam intensificar as campanhas de incentivo à doação e palestras nas escolas, universidades e nas ruas com a finalidade de informar a todos a importância desse ato e desmistificar as mentiras difundidas. Ademais, o Ministério da Saúde deve reformular os critérios para a doação feito pelos homossexuais e fiscalizar os hemocentros a fim de combater a discriminação vigente nesses locais e garantir que todos sejam tratados de forma igualitária podendo assim exercer a sua cidadania.