Enviada em: 31/08/2018

Embora, constitucionalmente,a saúde seja um direito de todos os cidadãos,desde 2013, quando 250 mil pessoas foram às ruas reivindicando por melhorias no sistema de saúde brasileiro as manifestações são frequentes.Ademais, a atual crise econômica do Brasil corrobora para o agravamento da fragilidade desse sistema e um de seus maiores entraves: a doação de sangue.     Por conseguinte,embora o Brasil apresente o 8º PIB do mundo apenas 1,6% da população é doadora quando precisaríamos de - no mínimo - 3 a 5% de doações.Pesquisas também mostram que as doações em sua maioria são motivadas por interesses individuais,seja doar para um ente ou amigo,ou até mesmo visando um dia de folga no trabalho. Somada a essa visão individualista temos também a questão do preconceito velado contra homossexuais que só podem doar se estiverem a um ano sem práticas sexuais.O que diminui percentualmente o número de possíveis doadores e a popularidade da prática.     Porém não podemos ignorar os casos em que a desinformação é um empecilho para a doação.Embora o número de propagandas e incentivos à doação tenha aumentado significativamente, ainda falta orientação e debate sobre como proceder para doar e seus benefícios.Quando o filósofo Lev Vygotsky afirma que a escola não deve se distanciar dos aspectos da vida social e de seus participantes ele corrobora para a construção de uma visão crítica e de uma cidadania engajada,uma vez que,a escola é uma instituição formadora de opinião que deve ajudar a esclarecer o tema.     Cabe às instituições formadoras de opinião, como a escola,promoverem debates e ações sociais para incentivar as doações como visitas ao Hemocentro da cidade,para que os jovens possam ter a experiência.Outrossim é papel da mídia promover campanhas mais informativas sobre o tema explicitando como os possíveis doadores devem agir e quais os benefícios que essa ação traz para a sociedade como um todo.somente assim poderemos vencer esse entrave de saúde pública.