Enviada em: 04/11/2017

É de conhecimento geral que a saúde pública no Brasil está em uma situação de calamidade, uma vez que ocupa o 111.o lugar no ranking mundial da OMS (Organização Mundial da Saúde). Um dos principais problemas enfrentados por essa área é o da doação de sangue: os estoques não chegam nem perto do que realmente se precisa. Isso ocorre porque doar sangue nesse país não é um procedimento fácil o suficiente, seja por causa da falta de informação da população seja pelo preconceito que uma parcela da sociedade tem que enfrentar.   Os feriados em geral são épocas bastante difíceis para os hospitais brasileiros pois as pessoas costumam sair para beber e dirigir, o que aumenta drasticamente os índices de acidentes. Assim, hospitais passam por crises, pois a quantidade de sangue necessária cresce enquanto o número de doadores não. Isso ocorre pela falta de campanhas que estimulem a doação não apenas nessas épocas, o que faz com que as pessoas só doem sangue quando algum familiar ou amigo precisa.   Outro obstáculo a doação de sangue é o fato de homens homossexuais só poderem doar sangue se passarem um ano sem ter relações sexuais com outro homem. Apesar de o Ministério da Saúde afirmar que essa regra é apenas uma medida sanitária, pode-se perceber que ela é fruto de um antigo preconceito, que relaciona a AIDS com homens homossexuais. Assim, o Brasil perde cerca de 10,5 milhões de homens que poderiam doar sangue, o que representa cerca de 10% do total.   Pode-se concluir, portanto, que se faz urgente um conjunto de mudanças no procedimento de doação de sangue em nosso país. Para aumentar significativamente o número absoluto de doadores, é preciso que o Ministério da Saúde revogue a regra sobre homens homossexuais e mantenha apenas os testes padrão para doenças infecciosas, como AIDS, no sangue. Além disso, se faz necessária uma forte campanha publicitária que estimule a doação em todas as épocas do ano, o que pode ser realizado pelos governos estaduais em parceria com as grandes mídias.