Segundo Sérgio Buarque de Holanda,uma característica do povo brasileiro é sua cordialidade e solidariedade.Contudo,apesar dessa fama,a dificuldade em ser caridoso com o semelhante é comprovada nas diversas barreiras de doação de sangue no Brasil.Nesse sentido,não é razoável que o país que busca se tornar Estado desenvolvido permaneça com óbices estruturais e éticos frente a este tipo de problema. Mormente,é válido ressaltar que a postura da nação brasileira consente com o empecilho.Problema,que discorre do fato do país nunca enfrentar uma catástrofe nacional,seja uma grande guerra,seja um ataque ambiental severo.Como reflexo,esses cidadãos,tem incorporado e influencia gerações a não colaborarem com a simples atitude. Em segunda instância,a falta de informação corrobora com o desconhecimento sobre a importância de doar sangue.As campanhas publicitárias não são frequentes e, sem uma maior divulgação à população, o número de doadores faz-se menor do que a real demanda.Destarte, em épocas festivas,o aumento no número de acidentes exigem um suprimento maior de bolsas sanguíneas.Assim,com a deficiência nessa divulgação esses períodos enfrentam com maior escassez a problemática. Outrossim,não é recomendável que a orientação sexual faça parte de um critério de seleção de doadores.Pois,indiscretamente,hemocentros restringem grupos de homossexuais no seleto de escolhas.Fato consolidado pelo preconceito da década de 1980,caracterizado pelo alvorecer da AIDS e especulações discriminantes. Urgem,portanto,medidas paliativas que atenuem o problema.Previamente,é necessário que o Ministério da Educação,faça palestras e seminários em ensinos médios,com o fito de estimular jovens e seus familiares a doarem sangue,para que,paulatinamente,gerações acostumem-se com a prática.Ademais,é importante que as mídias venham a expor o fato,seja em televisão e internet,seja em outdoors e panfletos,com o intuito de incentivar a prática.Por último,cabe ao Ministério da Saúde,em parceria com a Organização Mundial da Saúde,fiscalizar e criar triagens sanguíneas em hemocentros e hospitais, para que o fator sexualidade não seja um problema e amplie o espectro de doadores.