Enviada em: 09/05/2018

Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser relacionada a um organismo no qual cada membro desempenha funções interdependentes que interagem entre si para o bom funcionamento do mesmo. Contudo, esse pensamento está distante da realidade brasileira, visto que a doação de sangue, na contemporaneidade, ainda é um percalço a ser superado, isso se deve não só ao individualismo, mas também à falta de informação.       Convém ressaltar, a princípio, que o baixo número de doadores de sangue está intrinsecamente ligado ao individualismo das pessoas e à falta de empatia, posto que, muitas pessoas, por não passarem por situações de risco, elas possuem a falsa sensação que estão livres de quaisquer situações que expõem-nas em casos semelhantes e dependência de outrem. Consoante o sociólogo Zygmunt Bauman, em seu conceito de modernidade líquida, as pessoas estão absolutamente focadas em seus interesses pessoais que acabam esquecendo das atitudes éticas e do próximo. Sendo assim, essa busca pelos valores particulares faz com que prolifere o egoísmo da sociedade que pode ser passado para as próximas gerações e preponderar ainda por muito tempo, caso essa situação não seja revertida.        Além disso, a falta de informação das pessoas é um dos fatores que perpetuam na sociedade e quando há ausência do conhecimento, a maioria das pessoas, podem ser conscientizadas pelo senso comum, como, por exemplo, acreditar que através da doação de sangue é possível ser contaminado por alguma doença. Sob essa perspectiva, pode-se afirmar que a mal informação corrobora para os baixos índices de doadores. Conforme dados divulgados no site do governo brasileiro, menos de 2% da população são doadores de sangue. Assim, as informações qualificadas é uma das agentes responsáveis pela conscientização das sociedade.       Torna-se indubitável, portanto, que ainda há entraves no que concerne à doação de sangue no Brasil. Em razão disso, as escolas apoiadas do Ministério da Educação devem promover oficinas sobre empatia e convivência harmoniosa, as quais desenvolverão não somente teorias, mas também, a prática. Essa medida, proporcionará maior empatia desde a infância, diminuindo o individualismo na sociedade. Outrossim, as ONGs juntamente com o Ministério da Saúde têm de intensificar campanhas midiáticas, distribuição de cartilhas e banners nas redes sociais, com o intuito de mitigar e esclarecer pensamentos errôneos proveniente do senso comum. Dessa forma, o organismo do pensamento durkheimiano, poderá exercer todas as funções de modo que acarretará no bem estar social.