Enviada em: 12/04/2018

Cidadania. Solidariedade. Compaixão. Renúncia. Todos esses termos caracterizam um indivíduo que realiza doação de sangue consciente hoje no Brasil. Apesar da abertura de muitos brasileiros frente a essa ação, existem, ainda, muitas barreiras a serem enfrentadas para que haja maior sensibilização brasileira, além de outros fatores cruciais, como a quebra de paradigmas por parte das instituições receptoras em relação a uma parcela da população. Em primeiro lugar, nota-se a falta de consciência de grande parte dos brasileiros no processo de doação de sangue. Segundo dados do Ministério da Saúde, não chega a 2% a população doadora. Isso pode ser explicado pela dificuldade que muitas pessoas enfrentam tanto nos hemocentros, por receio dos procedimentos que serão realizados, quanto por acreditarem que sua atitude não fará diferença nesse processo. Sendo assim, percebe-se que o conhecimento a cerca da realidade de muitas pessoas que necessitam de transfusão sanguínea em conjunto com a importância desse ato, são imprescindíveis para a formação do brasileiro. Ademais, outro problema enfrentado, são as restrições, com um caráter preconceituoso, de uma parcela da população no processo de doação de sangue. Embora exista a necessidade e o desejo de homossexuais realizarem esse ato solidário, a orientação sexual restringe-os de prestar tal cidadania. Essa atitude, pode ser explicada, pelo fato de serem "considerados" grupo de risco frente as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's), principalmente na transmissão do vírus HIV. Porém, o preconceito arraigado deve ser combatido e os indivíduos desse grupo que não apresentam comportamento de risco, como qualquer pessoa que tenha tal conduta, devem ser inseridos. Torna-se evidente, portanto, que as dificuldades do Brasil no processo de doação de sangue ainda são grandes. Para que isso seja amenizado, o Ministério da Saúde, em conjunto com instituições educacionais e a mídia, realizem projetos de sensibilização brasileira, desde a população jovem, com palestras e atividades educativas nas escolas e universidades, até a população adulta, com palestras nos postos de saúde por profissionais qualificados. Além disso, que essa mesma instituição, juntamente com a Organização Mundial da Saúde, possam trabalhar formas e estratégias para a inserção de uma parcela da população excluída desse ato, como no caso dos homossexuais. Somente assim, muitos brasileiros se tornarão inseridos nesse processo e poderão realizar a cidadania necessária de uma sociedade consciente e que renuncia suas próprias vontades em prol do outro.