Enviada em: 28/07/2018

Avanços medicinais. Desenvolvimento científico. Produtividade alimentícia. As supracitadas características pertencem às novas aplicações da biotecnologia contemporânea: os organismos geneticamente modificados. Com efeito, palco de discussões e controvérsias, a engenharia genética ganha adeptos e críticos no que tange aos efeitos e contribuições da transgênese, por isso tal cenário necessita de contornos e avaliações.    Em primeira análise, é mister a compreensão das aplicabilidades dessa técnica de alteração molecular no agronegócio. Em síntese, os OMG permitem o aumento da lucratividade agrícola, uma vez que estruturam sementes resistentes à pragas e à bruscas mudanças climáticas, o que cria uma maior gama alimentícia. Com isso, adeptos da tecnologia argumentam o combate à fome pelo uso de transgênicos, todavia, tal problemática soluciona-se apenas com a redistribuição de alimentos. Por outro lado, essa modernização implica perda da variabilidade genética de ambientes naturais e permite o surgimento de superpragas, o que a torna uma ameaça à natureza. Assim, ainda há dúvidas sobre a sua real efetividade no que se refere à saúde humana e ambiental.    Ademais, não há como negar que a engenharia genética possui dois extremos. Em decorrência disso, exemplifica-se as Filipinas, a qual utilizou-se da técnica para suprir a necessidade local da falta de vitamina A com a modificação do arroz consumido pela população. Além disso, a medicina conta com vários estudos, os quais envolvem a transgenia, para produção hormônios e novas proteínas. No entanto, na extremidade negativa,  deve-se salientar que, por ser uma atividade recente, a transgênese não dispõe de observações sobre os seus efeitos a longo prazo.  Nada disso, porém, seria tão prejudicial ao corpo social se os órgãos públicos e a ciência trabalhassem em conjunto.     Fica clara, portanto, a necessidade de políticas mediadoras do uso de transgênicos. Para tal objetivo, o Ministério do Meio Ambiente, deve impor leis aos latifundiários as quais restrinjam a produção desordenada de organismos modificados com o incentivo à agricultura orgânica, para que as plantas nativas consigam desenvolver seu processo de seleção de um modo natural. Em consonância, os cidadãos precisam pressionar as indústrias transgênicas a investirem em pesquisas que demonstram as reações do organismo humano na presença dessas alterações genotípicas, a fim de construir-se novos benefícios para humanidade a partir da tecnologia.