Enviada em: 27/07/2018

Desde o início do século XX, a biotecnologia é utilizada em grande escala, como no controle de pragas e na fixação do nitrogênio. E, com o avanço tecnológico, tal  setor desenvolveu técnicas modernas de modificações genéticas, no qual possibilitaram a inserção de características que não se encontravam no DNA original de determinada espécie, originando os transgênicos. Porém, o uso desses para elaborar alimentos, geram na população a incerteza e o medo do que tais produtos possam causar à saúde, visto que não se tem um debate popular acerca desses, e as informações não alcançam toda população.   Uma pesquisa realizada pelo Ibope Conecta, em relação ao organismos geneticamente modificados -OGMs- que coletou pela internet respostas de 2.011 pessoas de todas as regiões e classes A,B e C do país que não trabalham com a biotecnologia ou áreas relacionadas, evidenciou que, 80% dessas não sabem o que os OGMs e, 33% acreditam que o consumo desses é prejudicial. Isto é, o Brasil, um dos maiores produtores de organismos alterados, não prepara a população acerca do consumo e produção desses no país, o que leva a movimentos contrários a tais, dado a falta de informação e a falha na comunicação entre a sociedade os cientistas e a comunidade agropecuária.   Além disso, a dúvida quantos aos possíveis danos, tanto ao bem estar físico quanto ao meio ambiente, agravam, ainda mais, a relação dos cidadãos com os transgênicos. Pois, mesmo com a pesquisa publicada em maio de 2018, pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos  E.U.A que concluiu, após analisar mais de mil estudos, que tais organismos, existentes desde a década de 1970, não trazem risco à saúde, mas também propiciam benefícios para agricultores e ambiente, os efeitos da ingestão a longo prazo ainda são desconhecidos, além de que, mesmo aumentando a produtividade, esses causam a perda da biodiversidade.   Portanto, dado que a questão dos transgênicos no Brasil ainda precisa ser debatida, é de suma importância que o Governo Federal, juntamente com as grandes mídias, como as redes televisivas, elaborem propagandas, voltada para a população, a respeito desses . Por meio de impostos, essa deve apresentar as principais indagações desses, como o que são, como são produzidos e os possíveis malefícios e benefícios que podem trazer. Cabe também aos professores das redes públicas de ensino, abordar o assunto de forma abrangente, para os ensinos médios, a fim de proporcionar um maior entendimento desde a fase escolar, elaborando debates e palestras sobre os OGMs. Para que, dessa forma, a sociedade possa se manter informada e tenha o poder de escolher se deseja ou não consumi-los.