Enviada em: 28/09/2018

OGMs: Avanço tecnológico ou transmissor de doenças?        É fato que o homem desenvolve novas técnicas mediante necessidades, e que, nos mais diversos âmbitos, as evoluções científicas se intensificam diariamente. Nesse contexto, encontram-se em voga produtos geneticamente modificados, trazendo à tona seu caráter dúbio e bilateral.      Ainda que não restrito somente a área alimentícia, o desenvolvimento dos transgênicos fora inicialmente sustentado pelo ideal acerca da erradicação da fome e, com efeito, ocupa parcela majoritária na agricultura brasileira por sua alta taxa produtiva. Outrossim, são conhecidos seus benefícios em relação à resistência proporcionada aos organismos, e os avanços da saúde auxiliados pela engenharia genética.    Em contraponto a seus aspectos positivos, a transgenia apresenta facetas contraproducentes e arriscadas, uma vez que não são rigorosamente testados, os alimentos trazem perigos ainda incalculados à saúde, além de elevar ainda mais o uso de agrotóxicos - prática já liderada pelo Brasil. Ademais, o uso contínuo dessas sementes pode levar à perda do material genético original e da biodiversidade.       Consoante aos fatos expostos, é válido ressaltar que grande parte dos malefícios vem atrelada à prática mercantil individualista, que capitaliza os grandes produtores e onera os de menor porte. Estes últimos perdem autonomia e renda, já que se vêem obrigados a pagar "royalties" sobre a tecnologia usada e se tornam reféns das transnacionais possuidoras de tal técnica.      Torna-se visível, portanto, conforme supracitado, a característica dual da prática transgênica. Indubitavelmente, a mesma traz soluções para incontáveis áreas, mas não raro, acarreta problemáticas em conjunto. Desse modo, é mister encontrar equilíbrio entre os dois impactos, regulamentando governamentalmente pesquisas relacionadas para garantir a seguridade de todos. Também é imperioso que o contingente social cobre, de empresas e do poder estatal maior clareza sobre os organismos que consome muitas vezes sem saber. Finalmente, é dever incontestável da mídia informar e conscientizar todos a fim de que crises e problemas futuros sejam evitados, com base no que se vê no contexto hodierno. Cabe ouvir a frase de Auguste Comte: "Ver para prever, e prever para prover."