O surgimento dos alimentos transgênicos (OGM’s) significou uma verdadeira revolução nos meios de produção no campo. Essa técnica possibilita a modificação do DNA de um organismo de acordo com as características que se deseja obter. Entretanto, ainda há dúvidas em torno das consequências que o consumo de alimentos alterados geneticamente pode causar a sociedade e ao meio ambiente. A maioria das vantagens dos transgênicos já é reconhecida: melhoria na qualidade do produto, aumento da produção e maior resistência ao ataque de pragas. Por esses motivos, pode-se afirmar que esse método é uma das formas mais modernas e eficazes de se otimizar uma produção. O Brasil está em segundo lugar como produtor de OGM, sobretudo com a soja modificada da qual o país é o maior exportador do mundo. Por isso, o uso desse mecanismo tem uma expressiva importância para a economia agroexportadora nacional. Em contrapartida, é notório que os possíveis prejuízos dos OGM são ocultados por parte da sociedade científica e, principalmente, pelas grandes empresas agrícolas. No Brasil, uma lei que determinava que a obrigatoriedade da indústria alimentícia em sinalizar nas embalagens se o produto obtivesse seu material genético modificado foi derrubada em 2015 pela Câmara dos Deputados. Tal fato contribui para que, através da omissão desse dado, o consumidor esteja sujeito a comprar um alimento sem ter conhecimento sobre as consequências que podem causar-lhe. A fim de atenuar essa problemática, cabe ao Ministério da Agricultura fiscalizar se há de fato danos ao meio ambiente, avaliando o solo e a biodiversidade regularmente de regiões onde há o uso de OGM’s. Além disso, os consumidores devem ter a garantia por lei de saber se o alimento é transgênico para que, dessa forma, eles possam avaliar se desejam fazer uso de tal produto ou não. Por fim, a Organização Mundial da Saúde, com o auxílio dos países que fazem o uso da transgenia, precisa investir em grandes pesquisas para cessar os questionamentos em torno dos efeitos do uso dessa técnica.