Enviada em: 22/05/2018

Ser autista no Brasil    ''Um homem perfeito, se existisse, seria o ser mais anormal que poderia se encontrar'' A frase de Fernando Pessoa contradiz aquilo que a sociedade insiste em criar sobre o ser humano: a normalidade. O autismo, por exemplo, é uma das síndromes que está sujeita ao preconceito e barreiras sociais, inclusive no Brasil.    Assim, os autistas veem-se em um mundo despreparado para sua convivência.  O fato é: por parte governamental não se dá devida assistência para a família, aos profissionais do ensino e ao própio portador. Só no Rio de Janeiro, segundo o Capsi - Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil - no ano de 2017, 47% dos jovens autistas estão fora das escolas - seja por medo da família ou falta de instrução - o que infelizmente, aumenta-se a atenção dos pais e a dificuldade desses adolescentes em se socializar.      Paradoxalmente, alguns pais que ficam encarregados da responsabilidade resolvem por iniciativa própia, criar um ambiente apto para seus filhos. Exemplo disso é o AMA - Associação dos Amigos Autistas - grupo criado afim de conseguir direitos para portadores de autismo. Pode-se citar a lei, sancionada em 2012, que detém a proteção dos direitos dos autistas, marco histórico importante na construção social dessas pessoas.     Por isso, o Estado tem um papel fundamental para ajudar a vida de autistas. O Ministério da Saúde deve dar assistência no SUS e nos postos de saúde com medicamentos, capacitar médicos e enfermeiros para instruir pais e pessoas com autismo, objetivando o desenvolvimento dessas pessoas. Também, o Mec capacitar os educadores para que tenham um melhor preparo em receber esses jovens e consigam se sentirem prontos para sociedade. Além disso, a ampliação do sistema cotistas para maior integração no mercado de trabalho e em universidades, assim, aumento do convívio e criando um ambiente saudável a todos.