Enviada em: 18/05/2018

Segundo a ideologia do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a modernidade é marcada pela falta de solidez nas relações econômicas, políticas e humanas. Nesse sentido, os desafios de incluir pessoas com autismo no corpo social é um sórdido reflexo dessa realidade e o problema permanece intrinsecamente ligado a sociedade, seja pela passividade governamental, seja pela ausência de informações  concisas.        É fundamental pontuar que quando as estruturas política e sociais de um país não andam em conformidade com os parâmetros constitucionais, no qual há isonomia entre os cidadão, cria-se um sociedade excludente e ilegítima. Logo, a falta de políticas inclusivas em todos os âmbitos da sociedade, como a escola, limita a socialização e por vezes, o aprendizado e as chances de ingresso no mercado de trabalho dos portadores do autismo.        Outro fator impulsionador do impasse é a pouco conhecimento da população concernente à temática, uma vez que grande parte dos brasileiros, sobretudo os menos escolarizados, desconhecem o TEA ( Transtorno do Espectro Autista) e a importância de mecanismos que viabilizem um tratamento eficaz. De acordo com Edmund Burke, para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada. Nessa linha de pensamento, é indubitável que conhecer o problema possibilitaria maior  engajamento familiar, bem como de todas as instituições socializadoras.         Dessarte, visando à inclusão de pessoas com autismo no Brasil é mister a tomada de medidas. O MEC ( Ministério da Educação) deverá utilizar cartilhas informativas e promover atividades atrativas para pais e professores, isso poderá ser feito mediante palestras e fóruns,  afim de fomentar a inclusão e melhorar a socialização de crianças e adolescentes autistas. Ademais, o Governo Federal deverá fazer uso dos meios comunicacionais para informar a população geral sobre a problemática. Assim aumentam-se as chances de construir uma cidadania plena e combater a liquidez supracitada.