Enviada em: 21/05/2018

A série "Atypical", escrita e produzida por Robia Rashid, relata as dificuldades da inclusão de pessoas com autismo nos Estados Unidos. Embora aborde uma questão social norte-americana, a obra televisiva descreve, também,a realidade brasileira. Ao se analisar o quadro, percebe-se que os profissionais da educação do país não possuem capacitação suficiente para lidar com o distúrbio cognitivo. Soma-se a isso o mau funcionamento das leis que amparam essa parcela da população.  Em primeira análise, é notório que professores preparados profissionalmente podem garantir a inclusão de pessoas com transtornos do espectro autista. Entretanto, as instituições de ensino, em sua grande maioria, não possuem um corpo docente capaz de promover a inserção desses alunos. Em decorrência disso, fica comprometido o desenvolvimento social, linguístico e intelectual dos estudantes portadores do distúrbio.   Outrossim, é válido destacar que a Lei 12.764, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, reduziu o número de autistas brasileiros exclusos socialmente. No entanto, esse mecanismo legal tem se mostrado ineficaz, pois ainda não contempla grande parte de seu público-alvo. Nesse sentido, o Estado deve tomar providências a fim de que a eficiência desse mecanismo jurídico seja garantida.    Evidencia-se, portanto, a necessidade de se criar medidas que mitiguem a situação. Para isso, cabe ao Poder Executivo garantir, através dos órgãos competentes, o pleno funcionamento da Lei 12.764, a fim de que todos os autistas do país possam ser resguardados e, consequentemente, inseridos na sociedade brasileira. Além disso, Universidades podem inserir em todos os seus cursos de licenciatura uma disciplina que ensine os futuros professores a lidarem com transtornos de espectro autista, visando reduzir, gradativamente, a exclusão social que essa parte da população sofre. Assim, será possível superar essa problemática.