Enviada em: 27/05/2018

Durante o século XVIII, a Revolução Francesa se consagrou como um dos maiores movimentos libertários na medida em que lutavam pela igualdade social além da expulsão de uma nobreza abastada e dispendiosa. Na era pós-moderna, entretanto, o ideal de equiparação coletiva propagado pelo Iluminismo francês não se mostra efetivo no Brasil, tendo em vista que crianças com autismo apresentam dificuldades de integração  no meio social em virtude da existência de preconceitos e visões depreciativas contra os infantes.    A priori, segundo Sérgio Buarque de Holanda, o brasileiro coloca seus interesses individuais e econômicos em sobreposição aos anseios coletivos da comunidade. Nesse sentido, um dos aspectos que dificultam a integração do autista decorre da preferência que os governantes têm de de investir em setores financeiros que trazem, por conseguinte, uma rentabilidade significativa e imediata. Desse modo,no quesito social, a quase inexistência de políticas públicas efetivas voltadas aos indivíduos com a síndrome provoca o desaparecimento gradual da importância desse para o convívio social visto que o incentivo ao desenvolvimento do infante no contexto social por parte do governo é pouco considerável.   Ademais, sob a ótica Durkheimniana, todo e qualquer cidadão que não obedece aos padrões estabelecidos pela sociedade tende a ser excluído por seus componentes. Nesse âmbito, o fato da criança autista ser diferente - no sentido físico e mental - dos demais infantes do círculo social propicia o  surgimento de situações de bullying bem como a estereotipação do indivíduo. Isso, por sua vez, ocasiona graves distúrbios psicológicos no juvenil em que as dificuldades de socialização apresentadas pelo autismo poderão ser agravadas, levando os jovens indivíduos a evitar o contato com outras pessoas bem como a desenvolverem patologias como a depressão e o transtorno bipolar.   Destarte é necessário, portanto, que a escola promova a realização de eventos artísticos periódicos, como apresentações teatrais, em que os jovens alunos com autismo desempenharão um papel significativo nas peças escolares. Dessa maneira, mediante a orientação adequada dos professores o autista se integrará de forma mais plena com os outros estudantes dialogando e interagindo com outros estudantes. Por fim, a mídia, necessita conscientizar de forma ampla e generalizada sobre os desafios do indivíduo de tenra idade ,com a deficiência, no contexto social  assim como no familiar, por intermédio de documentários que filmem o cotidiano real da criança e a sua interação social com as outras pessoas e relato por parte do infante da sua impressão e experiências emocionais diárias, a fim de diminuir os preconceitos referentes ao autismo pelo conhecimento da realidade desses cidadãos.