Na célebre obra machadiana: "Memórias Póstumas de Brás Cubas", o protagonista refere-se à sua pretendente Eugênia como coxa, e dedica um capítulo inteiro a falar sobre o problema físico que a menina tinha. Analogamente, nos dias correntes, situações de preconceito e descaso em relação a deficientes físicos e mentais são, não raro, imersos na população brasileira. Isso, torna a inserção de pessoas que possuem autismo ou outras privações mais difíceis no meio social, educacional e econômico do país, ocasionando uma invisibilidade rotineira desses indivíduos. Mormente, está previsto em lei que, a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, são direitos de todos aqueles que possuem autismo em algum grau. Entretanto, consoante ao pensamento de Maquiavel de que; nem mesmo as leis bem articuladas são suficientes perante o costume, é notório que a situação do autista, no Brasil, mesmo diante de leis bem elaboradas, ainda é prematura no que envolve estrutura, projetos introdutórios no âmbito escolar e no mercado de trabalho. Realidades como essa, atingem a maneira pela qual a sociedade enxerga a delimitação, e logo, prejudicam os deficientes com a perpetuação de uma visão ínfima acerca de suas habilidades. Porquanto, o Brasil sendo um país capitalista, confirma a teoria do determinismo de Taime sobre o fator genético afetar a ascensão do indivíduo em meio a sociedade. Ademais, convém frisar que a dificuldade familiar e hospitalar em diagnosticar uma criança precocemente, afeta, significativamente, no melhor aprendizado e na evolução das habilidades dela. Tendo em vista que, crianças, as quais têm o espectro autista, possuem a capacidade de desenvolverem bons desempenhos nas atividades que mais gostam. Um exemplo famoso disso é o nadador estadunidense Michael Phelps, o qual já foi considerado por muitos como o melhor nadador de toda a história e se destaca em competições importantes como as Olimpíadas Mundiais. Diante do exposto, faz-se necessário medidas que solucionem a problemática da inserção dos autistas no país. É imprescindível, portanto, que o Tribunal de Contas da União disponibilize mais verbas às empresas e escolas, por meio da distribuição feita ao Ministério da Educação, visando a maior concretização de projetos que encaminhem esses autistas à áreas de aprendizado que os façam evoluir individualmente para a introdução desses no mercado de trabalho. Como também, é cabível ao Ministério da Saúde, a melhor preparação médica para diagnosticar casos dessa limitação, por meio do ofertamento de cursos preparatórios, objetivando a eficiência na identificação da doença e, talvez assim, tendo o preconceito social presente apenas nas histórias de Machado de Assis.