Enviada em: 25/05/2018

No ano de 1993, o autismo foi adicionado à Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. Nesse momento, teve-se a impressão de que o número de estudos sobre esse tema aumentaria e que isso seria benéfico às pessoas que possuem essa síndrome. Entretanto, passados cerca de 25 anos, o autismo é pouco conhecido por médicos e profissionais da área da saúde, o que prejudica a realização de diagnósticos e tratamentos, causando malefícios às populações autistas tanto no Brasil quanto no mundo.   Sabe-se que um dos principais inviabilizadores da inclusão dos autistas na sociedade brasileira é a falta de profissionais especializados nesse grupo nas escolas do país. Entende-se que alguns sintomas dessa síndrome são dificuldades de comunicação e comportamento, o que pode restringir o aprendizado das crianças que possuem a síndrome. Logo, a falta de acompanhamento específico pode prejudicar os autistas nos âmbitos educacionais, profissionais e sociais.   Além disso, o baixo investimento do Governo brasileiro em educação dificulta o número de pesquisas que poderiam ser feitas sobre o autismo nas universidades públicas do país. De acordo com o portal online da Universidade de São Paulo ( USP ), pouco se sabe sobre a questão dessa síndrome e o diagnóstico é impreciso nos dias atuais. Com isso, percebe-se que o Estado é ineficaz na inclusão de pessoas autistas na sociedade, seja em planos de curto, médio ou longo prazo.   De acordo com o artigo segundo da lei 12764, é dever do Estado garantir atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista, garantindo o diagnóstico, acompanhamento médico e acesso aos medicamentos e nutrientes. Com isso, a lei esclarece que os indivíduos que possuem essa síndrome têm o direito constitucional de recebimento desses recursos, o que pode melhorar suas qualidades de vida.    Portanto, conclui-se que o Brasil não possui um sistema eficaz na inclusão de autistas na sociedade. O Governo brasileiro deve aumentar a porcentagem do PIB destinada à educação, permitindo a realização de novas pesquisas sobre esse tema. Dessa forma, poderão ser descobertas maneiras eficientes de diagnóstico e tratamento. Além disso, o Estado deve contratar profissionais das áreas da saúde e educação especializados nesse grupo, para que sejam realizados acompanhamentos nas escolas do país. Com isso, os autistas conseguirão melhor inclusão nos âmbitos educacionais, profissionais e sociais, o que irá melhorar significativamente a qualidade de vida dessas pessoas.