Enviada em: 27/05/2018

Segundo o doutor Drauzio Varella, o autismo é um transtorno mental marcado por inabilidade de interação social, dificuldade para comunicação e padrão de comportamento restritivo e repetitivo. Visto que essa deficiência afeta muitas crianças no Brasil, torna-se necessário um projeto de inclusão desses indivíduos no ambiente escolar, que não ocorre com efetividade devido ao preconceito e ao poder público, por não garantir a integração desses indivíduos no meio social. Portanto, torna-se necessário analisar o papel das escolas e do Ministério da Educação para executar políticas que não causem mais a exclusão desses indivíduos na sociedade.        De acordo com Maria Tereza Mantoan, as escolas brasileiras não estão preparadas para um processo pedagógico que dê acesso a todos os estudantes que ingressam nesse meio. Para isso acontecer, os professores precisam se capacitar para que não haja exclusão desses alunos, e que estes se integrem à turma. Conforme pesquisas realizadas pelo Ministério Público de São Paulo, o número de crianças autistas matriculadas em escola pública, um ano após a implantação da lei de inclusão, passou de 4.350, em 2011, para 3.410, em 2017, sendo que nas escolas especializadas o número subiu de 61 crianças para 2503, no mesmo período, ficando claro que a inclusão dessas crianças na sociedade ficará dificultada devido à baixa interação com pessoas diferentes.        Outro fator que pode ser associado ao desafio da inclusão, é o grande preconceito que os autistas sofrem nas escolas. Esses deficientes tendem a ser a vítima perfeita do bullying, que por serem vulneráveis, não intimidam o agressor, trazendo como consequências a baixa auto-estima, baixa produtividade escolar e extrema ansiedade, afetando ainda mais o seu comportamento. De acordo com um estudo realizado na Espanha, um em cada quatro deficientes sofrem repressão no mundo. Esse dado gera uma necessidade de combate ao preconceito e o ensinamento para os alunos sobre todos os deficientes que elas podem encontrar no cotidiano.        Logo, torna-se necessário uma intervenção com o intuito de quebrar os desafios de inclusão dos autistas no Brasil. Primeiramente, o Ministério da Educação, juntamente com as escolas públicas do país, devem promover cursos com o objetivo de capacitar os professores a ministrar aulas a alunos com problemas, promovendo assim uma integração de diferentes, fazendo valer a lei de inclusão. Posteriormente, as instituições escolares devem promover palestrar com a finalidade de apresentar aos alunos todas as deficiências que eles podem encontrar em pessoas, tanto nas ruas quanto nas escolas, e estabelecer punições para quem praticar o bullying, evitando assim a exclusão. Feito todas essas medidas, a inserção dos autistas será efetuada com sucesso.