Enviada em: 23/05/2018

A série americana ''The Good Doctor'' mostra as dificuldades enfrentadas por um médico autista no exercício de sua profissão. Apesar de ser uma ficção, tal obra reflete a realidade brasileira, em que a inserção social das pessoas diagnosticadas com tal doença é prejudicada devido à falhas estruturais da sociedade. Isso pode ser identificado por meio do preconceito para com esses indivíduos e da negligência governamental. Em primeira análise, é relevante enfatizar, a princípio, que as escolas e o poder público são os principais responsáveis pela diferenciação. Assim, é comum, por exemplo, encontrarmos poucos colégios que desempenham trabalhos educacionais e ocupacionais que possam atender na formação educacional destas crianças. Prova disso são os dados de 2016 da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o qual informa que dos 2,2 milhões de professores que trabalham com a educação básica, apenas 97 mil deles têm especialização. Além disso, os autistas possuem a inteligência preservada e facilidades para algumas funções que não são mecanizadas. Temos exemplos de pessoas famosas e conhecidas mundialmente pelas suas contribuições para o mundo, que apresenta algum tipo de autismo. É o caso de Lionel Messi, (o melhor jogador de futebol do mundo) e os físicos Isaac Newton e Albert Einstein. Estes exemplos provam os desempenhos em diferentes áreas, podendo até se tornar um grande gênio. Portanto, o Ministério da Educação (MEC) em parceria com as escolas, deve-se promover nos centros acadêmicos, projetos pedagógicos, como debates e palestras que enfatizem a importância de termos profissionais especializados em atendimento aos autistas e que promovam o respeito às diferenças e ajudem a desconstruir o preconceito. E também o Ministério Público, instalar nas unidades escolares clínicas com psiquiatras, neurologistas, fonoaudiólogos e adequar o espaço para melhor atender a essas necessidades.