Enviada em: 02/06/2018

Em 2012, surge a esperança com a criação da lei 12.764, ao qual reconhecem o autismo como uma deficiência e, por conseguinte conquistam o direito de todas as políticas de inclusão do país. Contudo, mesmo com a lei vigente o autista se depara com barreiras para a inserção na sociedade, visto que muitos autistas são diagnosticados tardiamente, assim como a comunidade escolar não está preparada para atuar de forma inclusiva dentro do ensino regular.        Outrossim, pode-se destacar a entrevista feita pelo músico Raphael ao jornal gazeta do povo, no qual relata a compreensão de toda sua existência a partir da descoberta do autismo aos 37 anos de idade, visto que os pais viviam na crença de que o comportamento do filho era aceitável para a fase do desenvolvimento. Assim, muitos pais culpabilizam a criança por acharem que tal comportamento de agressividade ou de isolamento seja pelo fato de um reflexo na criação familiar ou apenas uma fase no desenvolvimento, assim como a busca por um especialista de forma tardia pode prejudicar o avanço no desenvolvimento da criança nos seus aspectos cognitivos e sociais.       Além disso, o autista enfrenta no âmbito escolar a exclusão, visto que no ensino regular há a falta de formação continuada para os professores na perspectiva inclusiva, bem como a gestão escolar não está preparada para desenvolver um plano pedagógico com crianças autistas. Ademais, a professora da Universidade de Campinas, Maria Teresa, ressalta que o ensino lida por meio de medidas mais fáceis, visto que os cuidadores, os professores de reforço e as salas de aceleração, não resolvem os desafios da inclusão escolar.        Faz-se necessário, portanto, que a inclusão não seja uma realidade vista apenas na lei, mas que as escolas se transformem à realidade do aluno autista de forma a inclui-los como um todo, assim como a capacitação de professores se torna uma possibilidade para que sejam diminuídos os distanciamentos e as limitações nas práticas pedagógicas com os alunos deficientes. Da mesma forma, deve-se mobilizar pais e alunos a participarem de palestras educativas acerca do esclarecimento e do respeito que se deve existir com o aluno autista, assim como o Ministério da Saúde promova a divulgação de cartilhas de conscientização na sociedade acerca da deficiência, visto que possibilita o esclarecimento, não somente mas também aos familiares identificarem brevemente a buscar um especialista.