Enviada em: 26/05/2018

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um problema cujas manifestações prejudicam a capacidade de comunicação e interação social. Por ser mais frequente em crianças, percebe-se, devido aos seus sintomas, a dificuldade de inclusão desses indivíduos socialmente, mas principalmente no âmbito educacional brasileiro.   Em primeiro lugar, vale ressaltar que os portadores de autismo apresentam muitas das vezes atraso na fala e dificuldade na aprendizagem. Isso justifica o fato da necessidade desse grupo ter de uma educação e de um tratamento especial. Contudo, somente em dezembro de 2012, foi sancionada a lei de proteção às pessoas com TEA, que incluiu os autistas nas políticas de inclusão no país, inclusive na educação, garantindo que eles possam frequentar escolas normais. No entanto, somente a presença não garante eficiência no ensino.    Em vista disso, muitas escolas públicas brasileiras não têm profissionais qualificados nem materiais adaptados para receber os autistas. Isso deve ser um fator de preocupação, pois segundo o Hospital Albert Einstein, são mais de 150 mil casos do problema diagnosticados por ano. Além disso, a educação é um direito indispensável, garantido por lei, além de que, segundo Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele". Não obstante, a escola ainda rejeita o uso de materiais e técnicas fundamentais para o aprendizado dessas crianças com necessidades educacionais especiais.   Por conseguinte, ainda há o que se enfrentar e melhorar no projeto de inclusão de pessoas com TEA na educação. Cabe ao Ministério da Educação promover cursos e palestras para os professores sobre as particularidades de um aluno autista, técnicas e formas de aprendizagem a fim de que haja aprimoramento da didática desses profissionais no ensino. Como a educação é um mecanismo de transformação social, oferecendo inclusão para os autistas nesse âmbito, promoverá a construção de uma sociedade preparada para a inserção desses indivíduos.