Enviada em: 28/05/2018

Ao longo da história brasileira, tribos indígenas eliminaram sumariamente crianças com deficiência, ou excluíam aqueles que viessem a adquirir algum tipo de limitação.Essa tese excludente,embora tenha se modificado na atualidade,ainda perdura no âmbito social,visto que minorias deficientes,como os autistas,ainda são esquecidos por boa parte da população.Nesse contexto,é plausível analisar o preconceito gerado pela sociedade,alinhado ao desconhecimento nítido sobre os autistas,que impossibilita a aplicação de medidas inclusivas.     Em primeiro plano,é concreto que a falta de informação da população brasileira sobre as diretrizes que envolvem o autismo se tornam um empecilho contundente para a inclusão.A doença é pouco comentada em meios televisivos,ou esclarecida em palestras escolares,por exemplo,assim como são escassos os investimentos em políticas públicas visando a adaptação dos autistas ao meio social.Essa situação alavanca diversos problemas,como a ausência de fontes de pesquisa,tendo em vista os tratamentos para a doença,e o grande isolamento social dos detentores da anomalia,principalmente no que diz respeito ao estudo.Logo,é indubitável que o Estado,como provedor da equidade social,seja o pioneiro na elucidação dos deficientes à sociedade, sendo capacitado a exibir para a população a condição de transparência e "voz" do 2 milhões de autistas pertencentes ao Brasil,segundo a ONU.      Outrossim,atrelado leiguice da sociedade sobre os aspectos autistas,o preconceito social ao grupo também corrobora um retardo no processo de adesão.Boa parcela da população brasileira não convive diariamente com os autistas,tendo um desagradável receio de conhecer ou se envolver com os portadores de tal síndrome,isolando-os cade vez mais.Ademais,o contato com o "diferente" acaba retraindo a proximidade social com os deficientes,tendo em vista,principalmente,a falta e informação sobre a anomalia,exemplificado no ambiente escolar,com a pouca presença de jovens autistas na instituição.Por conseguinte,é inegável que o apoio comunitário em torno da causa autista seja vigente na sociedade brasileira,de modo a dignificar os limitados e combater o preconceito,elucidando a tese do escritor Franz Kafka: ''A solidariedade é o sentimento que expressa o respeito pela dignidade humana''.       Portanto,tendo conhecimento dos desafios acerca da inclusão dos autistas no Brasil,medidas são viáveis para resolver tais impasses.A imprensa deve,por meio de campanhas midiáticas e abordagem sobre os aspectos relevantes do autismo,esclarecer e instruir a população acerca da deficiência,inibindo qualquer forma de preconceito ou exclusão.Também,o Governo Federal deve voltar parte das verbas para a aplicação em pesquisas científicas para o tratamento ou melhoria de vida dos autistas,inibindo os pensamentos retrógrados de exclusão vistos,por exemplo,pelos antigos indígenas.