Enviada em: 28/10/2018

Nas primeiras décadas do século XX, nos Estados Unidos, ocorreu o desenvolvimento dos automóveis pessoais, tecnologia que colaborou com a locomoção pessoal, porém, mostrou-se um fator que agride o meio ambiente. Nesse contexto, a mobilidade urbana de baixo impacto ambiental é preterida, pela população, ante o transporte privado. Isso se deve, principalmente, à negligência dos governos para a questão. Dessa forma, medidas a fim de incentivar a utilização de transportes menos poluentes precisam ser estabelecidas, antes que a mobilidade urbana gere um caos ambiental.   Em primeira análise, os carros e as motocicletas são dois dos meios de transportes que mais precisam de energia. Segundo estudo publicado na revista Science, carros e motocicletas precisam de, respectivamente, 20 e 15 vezes mais energia do que uma bicicleta para realizar, em distâncias equivalentes, o transporte do usuário. Em adição, conforme denunciado pela mesma pesquisa, a falta de ciclovias em cidades é um dos principais fatores que desestimulam o cidadão a utilizar a bicicleta como transporte. Assim, pode-se concluir a importância da humanidade priorizar meios mais ecológicos para a locomoção. Porém, tal fator é impedido pelos governos, por esses não disporem, em geral, de infraestrutura adequada, a qual permita os cidadãos a realizarem a troca dos meios de transportes que fazem uso.   Outrossim, a precariedade dos meios de transportes públicos é um fator que estimula a aquisição de carros e motocicletas. Como exemplo, a cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, apresenta, conforme denunciado pelo jornal Correios, elevado índice de assaltos realizados a ônibus. Além disso, Salvador detém uma linha de metrô - recentemente inaugurada -, que abrange poucos bairros da metrópole. Desse modo, cidades como a capital baiana, são municípios que, devido aos problemas dos meios públicos de transporte, estimulam a população a evitar fazer uso dos meios públicos de locomoção, o que é um fator de retrocesso na busca para a implementação de uma mobilidade urbana sustentável.   Como se observa nos fatos supracitados, a negligência dos governos impede que os cidadãos optem por fazer uso de transportes sustentáveis. Diante disso, os países devem estimular a população a utilizarem bicicletas e meios públicos de transporte, por meio da construção e manutenção de ciclovias, além de modernizar as frotas de ônibus e assegurar ampliação de linhas de metrô. Busca-se, com essas medidas, que os meios de transportes alternativos passem a ser atraentes para a sociedade, o que fará as pessoas a diminuir as aquisições de veículos individuais. Somente assim, uma mobilidade urbana de baixo impacto ambiental será frequente na sociedade.