Enviada em: 27/01/2019

"A essência dos diretos humanos é o direito ater direitos", a célebre frase da filosofa judia Hannah Arendt evidencia a necessidade de mudança de postura no que tange aos desafios da mobilidade urbana de baixo impacto ambiental. Tais desafios são originados devido a duas causas principais: o pouco avanço no transporte público, e o status sociais acima do meio ambiente. Com isso, é urgente a necessidade de parceria entre governo e sociedade para amortização da referida problemática.        Aos viés do Código de Trânsito brasileiro, é disponibilizado 5% de toda a verba arrecadada, por multas e outros, no desenvolvimento do tráfego. Nesse contexto, os desafios da mobilidade de baixo impacto ambiental, por ser um problema que está fortemente ligado ao pouco avanço do transporte público, que tem por consequência o uso intensificado de veículos particulares, não se encaixa perfeitamente no viés do Código de trânsito; em decorrência disso, se agravam problemas como os picos de lentidão recorrentes em São Paulo e acidentes nas vias, sendo este ultimo, segundo o Instituto Avante Brasil o responsável por deixar o Brasil em 4 lugar em números absolutos de mortes no tráfego. Dessa forma, investir na qualidade de veículos públicos é relevante para amenizar esse quadro.      A posteriori, a vista da Política Nacional de Trânsito instituída pelo governo, a qual tem por inspiração a vida e  o meio ambiente, tem encontrado dificuldade em estabelecer suas diretrizes, em específico relacionado ao ambiente, que tem por meta preservar a natureza e conscientizar a sociedade sobre tal importância; e essa dificuldade é agravada pelo status sociais o qual leva os cidadãos, influenciados pela mídia, ao desejo do consumo exagerado, e os induz dentre outros a adquirir carros; tal correlação encontra fundamento na pesquisa instaurada pelo Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo (DETRAN-SP), o qual relatou no ano de 2016 um aumento médio de 114,8 mil carros por mês na referida metrópole brasileira. O que gera sérias consequências como o aumento de gases poluentes. Assim, é necessário a criação de convênios entre entidades públicas e cidadãos para amortizar esse dilema.        Em suma, o pouco avanço no transporte público, e o status sociais acima do meio ambiente são, portanto, importantes vetores dessa problemática. Para desconstruir esse panorama é imperativo que o Estado em parceria com o Conselho Nacional de Trânsito, criem projetos que verticalizem o tráfego, e usem para tal subsídios do governo e os disposto na legislação do CONTRAN; concomitantemente o Ministério da Educação com palestras nas escolas e em convênios com a mídia deve incentivar ao uso de veículos limpos e elucidar a importância de tal medida, com o fito de, junto com o Governo amenizar os desafios na mobilidade e instaurar um meio ambiente saudável.