Enviada em: 17/04/2017

Moderno Sedentarismo    Ao longo das Revoluções Industriais vividas, a preocupação do homem com os efeitos da Globalização sobre o meio ambiente cresceu. A busca por alternativas de consumo e de transporte de baixo impacto ambiental aumentou e dentre eles se destacou a crescente demanda e uso de bicicletas para a mobilidade urbana. Embora seja uma excelente alternativa, esse meio de transporte encontra desafios- como a falta de investimento do Governo em ciclovias e o sedentarismo da população- para ser efetivo.    É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Analogamente, observa-se que o baixo investimento em ciclovias e faixas exclusivas para ciclistas representam uma brecha que rompe com esse equilíbrio, uma vez que desestimula a população a utilizar esse tipo de transporte pela falta de segurança. Desse modo, evidencia-se a importância do investimento nessa forma de mobilidade urbana como meio de combate a problemática.    Outrossim, destaca-se o modo de vida sedentário de grande parte da população urbana como um impulsionador do desafio. Segundo Durkheim, o fato social é a forma coletiva de a sociedade agir e pensar. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a maioria dos cidadãos opta por veículos individuais como carros, ou coletivos como ônibus, por causarem menos cansaço, ao invés de bicicletas, que exigem esforço físico, mas não causam impacto ambiental considerável. Assim, a mobilidade urbana é prejudicada e o meio ambiente sofre junto as consequências, agravando o problema.    Entende-se, portanto, que os desafios encontrados na mobilidade urbana de baixo impacto ambiental são muitos, mas podem ser resolvidos. Para isso, é preciso que o Governo Federal em parceria com o Ministério do Meio Ambiente crie mais ciclovias, faixas para ciclistas e aluguel de bicicletas por um preço acessível, a exemplo do Banco Itaú. Alem disso, campanhas de abrangência nacional junto a emissoras e as redes sociais incentivando o uso de transportes de baixo impacto ambiental e explicando seus benefícios, seria de grande utilidade. Dessa forma, será possível restaurar gradativamente o equilíbrio proposto por Aristóteles.