Enviada em: 16/04/2017

Nos anos de 1950, a partir do governo de Juscelino Kubitschek, o Brasil assistiu à entrada de empresas do ramo automobilístico em seu território. As propagandas estatais da época demostravam que, ao incentivar o modelo rodoviário de transportes, essa decisão afetaria a vida urbana de gerações vindouras. Nesse sentido, o crescimento desordenado das grandes cidades, atrelado a políticas de não priorização dos transportes em massa, ajudam a explicar a atual imobilidade urbana.   É válido analisar as causas dessa problemática. Superlotação, acessibilidade precária, alta concentração de pessoas nas cidades, na qual não foi acompanhada de políticas de urbanização e infraestrutura, maior poder de consumo da população atrelado a precariedade dos transportes públicos favoreceu a utilização de transportes individuais em detrimento dos transportes de massa. Prova disso, foi que de junho a julho de 2015, foram mais de 160 mil carros nas ruas, segundo o DENATRAN. Ainda que devagar o governo tem buscado soluções. Como a utilização de rodízio de placas e com a restrição a circulação de transportes individuais em determinados horários, evitando assim, deslocamentos concentrados.     Além disso, a questão da mobilidade foi discutido na Rio+20, a fim de buscar soluções para o trânsito na tentativa de reduzir a poluição e melhorar a qualidade de vida da população. Tendo em vista, que os automóveis são responsáveis por grande parte da emissão de gases poluentes. Outro ponto negativo, é a dificuldade de locomoção dos portadores de necessidades especiais,haja vista, que as medidas de inclusão não são colocadas em prática.     Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o problema. Sendo assim, o governo deve fazer uma reestruturação nas concessões, principalmente de empresas de ônibus, melhorando o transporte público, podendo ainda fazer uma integração com o metrô. Além disso, a escola deve ensinar desde cedo a importância da coletivização, desmistificando a problemática do "status do carro". Por fim, a mídia pode auxiliar em campanhas que incentivem o uso de bicicletas, podendo ser uma alternativa para redução na emissão de poluentes. Quem sabe assim, a população brasileira residente das metrópoles possa viver com mais qualidade de vida.