Enviada em: 27/05/2017

Da revolução às ruas: Mobilidade Urbana, um problema de todos.        A  Revolução Industrial, ainda que tenha contribuído à sociedade no aspecto científico-tecnológico, trouxe junto de si uma gama de impactos sociais e ambientais, influenciando inclusive nos meios de transporte do homem. O intenso tráfego de carros, motos e caminhões nas metrópoles contemporâneas se mostra intimamente ligado à essa revolução. De carros à vapor pouco acessíveis no século XVIII, o homem não demorou a aprimorá-los e criar máquinas menores, eficientes e de custo relativamente baixo, superlotando as rodovias e poluindo cada vez mais o meio-ambiente.          É evidente o conforto que o automóvel pode trazer ao homem que se vê cada vez mais sedentário e dependente desse meio de transporte. As consequências da utilização de carros e motos, meios pelos quais os cidadãos se locomovem individualmente, trazem impactos na medida em que esses ocupam as rodovias, causando congestionamentos devido ao grande número de veículos, além da emissão de altos níveis de monóxido de carbono na atmosfera, produzidos a partir da queima de combustíveis fósseis que são utilizados no processo de combustão.           O fato é que, com a utilização dos meios de transporte coletivos como os ônibus e metrôs, além de não resolver a problemática da emissão de gases nocivos à atmosfera, o que se vê nas grandes metrópoles é a superlotação em horários de grande demanda, o que faz com que parte da população opte por não utilizá-los. As bicicletas, por sua vez, são boas opções para o baixo impacto ambiental, para a diminuição do sedentarismo e melhoria da mobilidade, entretanto, é inegável que a maioria das metrópoles brasileiras ainda não oferecem infraestrutura urbana adequada aos ciclistas, como ciclovias bem sinalizadas e velocidade limite para os veículos de grande porte de circulam ao lado dessas, além de não existir qualquer programa de incentivo à utilização desse tipo de meio de transporte.        Portanto, tendo em vista os argumentos supracitados, torna-se notória a necessidade das prefeituras municipais propiciarem através das secretarias municipais de mobilidade e transporte em conjunto às Secretarias Estaduais de Infraestrutura e Logística, a construção e manutenção das ciclovias,  devidamente sinalizadas. Ademais cabe também às prefeituras municipais, destinar parte das verbas provindas do Ministério das Cidades à instalação de um projeto de locação de bicicletas, com um sistema de rastreio para evitar possíveis furtos, incentivando dessa forma, a utilização desse modo de locomoção para uma possível readequação da mobilidade urbana.