Reflexo de um passado conturbado Com a consolidação da indústria nacional por volta de 1950, o deslocamento da população rural para zona urbana se intensificou ainda mais, causando profundas transformações sócio-estruturais que se refletem atualmente de maneira preocupante. Dessa forma, problemas como a falta de mobilidade urbana e carência de saneamento básico em áreas periféricas das grandes metrópoles brasileiras, podem e devem ser relacionados a decisões equivocadas de governos passados. Como no Plano de Metas, elaborado durante o mandato do ex-presidente Juscelino Kubitschek, que com o slogan ´´50 anos em 5`` promoveu inúmeros investimentos, priorizando a construção de rodovias e atração de indústrias do setor automobilístico. Entretanto, especialistas em urbanismo apontam que para um país de tamanha extensão territorial como o Brasil, o meio de transporte mais viável seria o ferroviário, pois, seu custo de manutenção é inferior ao das rodovias existentes no país atualmente sem contar que seria mais eficaz para o escoamento da produção agrícola nacional. Além da dificuldade de deslocamento nos grandes centros do país, a saúde da população que residem nas áreas periféricas tem se revelado como fator preocupante. Sem seus direitos básicos assegurados essas pessoas se encontram sujeitas a situações de risco como o que ocorreu na Europa no final da Idade Média, onde o descaso em relação as condições sanitárias ideais na construção dos Burgos foi um fator crucial para a disseminação da Peste Negra Portanto, além da retórica de que se deve investir no transporte público, na construção de ciclovias e formulação de políticas como o rodizio de placas e de saneamento básico, é necessário a promoção de oficinas palestras e campanhas que visem conscientizar a população e mais, utilizar os diversos recursos que o Brasil oferece como a rica hidrografia desse vasto território.