Enviada em: 21/07/2017

Nos últimos anos cada vez mais se discute sobre os problemas ambientais e o desenvolvimento sustentável, surgiu a necessidade de se pensar na implantação de ideias ecologicamente corretas em tudo que alavanca o aquecimento global e as mudanças climáticas. Nesse contexto, o Brasil apresenta como um de seus maiores revés a grande emissão de gases estufa por parte do modal rodoviário que, atualmente, está crescendo exponencialmente e tornando a mobilidade urbana um caos. Atrelado a esses dois impasses está a questão histórica brasileira da "cultura do carro" e a falta de planejamento da infraestrutura citadina.          A princípio, é possível destacar que o governo de Juscelino Kubitschek e sua política dos "50 anos em 5" valorizou a entrada de indústrias automobilísticas no país e a alta comercialização de carros, pois em sua concepção "governar é abrir estradas". A meta desse presidente era a realização a curto prazo, sem pensar no futuro. Em detrimento dessa conjuntura, hoje, segundo notícia do G1 a cada 4 brasileiros 1 têm carro, o que aumenta a quantidade de poluentes lançados na atmosfera já que grande parte dos automóveis utilizam como combustível a gasolina.          Além disso, o Governo Federal não tem realizado um plano a favor da mobilidade urbana, muito menos da de baixo impacto ambiental, uma das exigências da Greenpeace Brasil em suas campanhas. Ademais, em São Paulo, por exemplo, ocorre o fenômeno do inchaço urbano, visível principalmente nos horários de pico, as pessoas passam horas no trânsito para realizarem a migração pendural, devido a falta de programações estaduais para organização do espaço urbano. Os vários países europeus, têm situação melhor que a brasileira, são conhecidos por usufruírem de trens e metrôs como principal meio de transporte, além da Holanda e da Dinamarca que privilegiam o uso de bicicletas, por mais que nem todos sejam "verdes", poluem menos que os autos, carregam mais pessoas e são mais velozes.            Por motivos diacrônicos, a solução dessa problemática só seria possível a longo prazo, portanto, para amenizar esse cenário agora, medidas são crucias. A projeção histórica não é possível de ser alterada, mas conscientizar os cidadãos por meio da escola é relevante, vê-se o quanto é importante conservar o meio ambiente de modo que a demanda atual seja suprida e as demais também, divulgar os debates como a COP-21 e influenciar os estudantes e seus pais a participarem das políticas públicas contribuiria para que o Governo pensasse em maneiras de melhorar a locomoção nas grandes cidades de modo a garantir sua sustentabilidade. Em consonância com isso o Ministério das Cidades poderia integrar os modais de transporte, incluindo as bicicletas que poderiam ser alugadas por meio dos próprios cartões de transporte, o que incentivaria o transporte de massa, desbancando o individual.