Enviada em: 18/09/2017

A partir da década de 1950, com o elevado investimento no setor automobilístico de Juscelino Kubitschek, o rodoviarismo foi implantado e impulsionado de forma acelerada no Brasil. Como reflexo disso, a mobilidade urbana nos dias atuais representa um dos maiores desafios a serem enfrentados no país, tendo em vista a movimentação frenética de veículos poluidores nas áreas urbanas, como automóveis e motocicletas, o que acarreta, a longo prazo, inúmeros impactos ambientais.    Nesse sentido, a evidente preferência dos brasileiros pelo uso do transporte rodoviário, principalmente o individual, representa uma problemática diretamente ligada ao meio ambiente. Isso se dá por conta dos elevados índices de Dióxido de Carbono emitidos por esses veículos, gás esse, responsável pela intensificação do efeito estufa, que provoca o aquecimento global, bem como o fenômeno conhecido como chuva ácida, causador do empobrecimento do solo e da destruição de ecossistemas.     Segundo os sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer, a Indústria Cultural, representada pelos meios de comunicação de massa, possui papel decisivo na influência do comportamento moderno. Sendo assim, a mídia ainda possui uma participação insuficiente no que se refere à promoção de práticas que visam o transporte sustentável. Ademais, a redução dos preços dos automóveis, assim como a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros nas últimas décadas, também foram fatores contribuintes para a permanência do conflito da mobilidade urbana no Brasil.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério das Comunicações deve agir no que remete à promoção da importância do uso de meios de transporte sustentáveis, como bicicletas, através da criação de anúncios televisivos, transmitidos em horários de pico. Além disso, o Governo Federal deve realizar a fiscalização dos transportes públicos em todos os estados brasileiros, a fim de certificar-se de que funcionam de forma adequada e mais eficiente.