Enviada em: 13/09/2017

Em análises atuais, o tempo em que se passa no trânsito e engarrafamentos é fator determinante da qualidade de vida dos cidadãos. Em contraponto, o que nota-se comumente é a defasada gestão  aos meios de transporte públicos e infraestrutura urbana, despreparada para suportar o intenso fluxo urbano diário.        Ao relacionar a infraestrutura de uma cidade com a dificuldade da mobilidade dentro dessa, é imprescindível considerar o aumento do número de veículos que circulam nessas vias. Assim, mesmo que a cidade disponha de grandes zonas de escoamento do trânsito, rapidamente há uma saturação, visível em grandes centros metropolitanos, tal qual São Paulo, que registrou mais de 300 km de filas no feriado prolongado de páscoa, em 2017.       Ademais, a lotação visualizada em meios de transporte públicos, ônibus e metrôs, bem como a falta de vias de circulação para meios alternativos de locomoção são fatores determinantes para o abandono desses à utilização de veículos motorizados. Pesquisas realizadas por universidades federais apontam que o número de acidentes fatais envolvendo ciclistas cresceu mais de 34% no ano de 2016, sendo esse o principal fator relatado para o êxodo das bicicleta para os carros.       Tendo isso em vista, países do leste europeu, como a Suíça, adotaram medidas efetivas ao uso de veículos motorizados pessoais, independentemente do modelo, multando motoristas que extrapolarem uma cota mensal em quilômetros, sendo forma de incentivo para a utilização de meios de transportes públicos no dia-a-dia, medidas essas inviáveis ao modelo brasileiro atual, logo que não é suprido nem mesmo a demanda atual de pessoas que necessitam dessa forma de deslocamento.       Considerando o déficit encontrado na mobilidade atual, é imprescindível que o legislativo crie um plano de redução veicular, o qual deve a médio-longo prazo criar medidas legais ao uso de automóveis, promovendo a substituição desse meio de transporte e multas ao uso excessivo de veículos particulares. Conquanto, indústrias e empresas devem promover ações de incentivo ao seus funcionários com o aditivo de bônus salariais aos que utilizarem de meios alternativos de locomoção, podendo-a utilizar dessa ação para promoção social da imagem da empresa ao que colaboram com a diminuição dos impactos de mobilidade e ao meio ambiente. Em paralelo, órgãos municipais devem desenvolver políticas de melhoria urbana, criando ciclovias e aumentando o aporte de coletivos para a população, tornando essas mudanças em infraestrutura como gatilho para campanhas e promoções de incentivo a diminuição do uso de automóveis.