Enviada em: 18/09/2017

É incontrovertível que o Brasil é um país consumista. Haja vista, durante o governo de kubitschek, foi implementado no Brasil o modelo rodoviarist, por sua vez, priorizando o automóvel individual em detrimento dos demais. Embora date de séculos atrás, o individualismo  automobilístico, em pleno século XXI ainda é algo decorrente. Diante disso, necessita-se de impasses a serem vencidos no que concerne a mobilidade urbana, seja pela ausência da efetivação das leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social, o que configura um grave problema social.            Mormente, segundo Aristóteles, a poética deve ser utilizada de modo que por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Nesse contexto, a Lei de Mobilidade Urbana, sancionada com o objetivo de garantir ao cidadão o direito de ir e vir, porém, esse direito constitucional é violado devido a ausência de políticas públicas  que de fato invistam na qualidade dos transportes coletivos. Além disso, a população carente é desprivilegiada de usufruir adequadamente dos transporte públicos que por sua vez, é ocasionado pelo processo de gentrificação, o qual prioriza indivíduos de maior poder aquisitivo em detrimento das classes menos favorecidas,  consequentemente são obrigadas a migrarem para as periferias, o que configura em uma discrepância social.              Ademais, é cabível enfatizar ainda que o aumento de veículos individuais prejudicam o meio ambiente devido a poluição em massa. De acordo com Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar dotada de coercitividade. De maneira análoga, a persuasão midiática ao consumo exacerbado de carros, motos é o principal fator para a inadequação da mobilidade urbana, que é fruto de uma cultura que é transmitida para as gerações futuras.                  Destarte, em vista dos argumentos supracitados, é necessário, portanto que o Ministério dos Transportes em parceria com empresas privadas criem projetos como "carona solidária"  e oferecer descontos em impostos para indivíduos que  oferecerem essas caronas com o fito de incentivar a população a aderir menos o uso de transportes individuais e atenuar a poluição dos gases. Outrossim, é fundamental que escolas e ONGs elaborem palestras educacionais que incentivem o uso de bicicletas.