Enviada em: 11/09/2017

No século XX, a necessidade de circulação foi aparentemente solucionada com a popularização do automóvel. Porém, no Brasil contemporâneo, essa escolha deteriora, muitas vezes, a harmonia da cidade, quando compromete o meio ambiente e garantias constitucionais, como o direito de ir e vir. Logo, agora, faz-se necessário encontrar soluções para os desafios da mobilidade urbana no país.       Apesar de a Constituição Federal garantir a todos a liberdade de trânsito nas cidades, esse direito não é plenamente verificado nos centros urbanos devido a uma grande frota de veículos. Isso é verificado nas metrópoles onde os congestionamentos são uma constante e, por isso, a mobilidade da população urbana é comprometida. Ademais, como a maioria dos veículos dessa super-frota são movidos à gasolina, há impactos ambientais causados, por exemplo, pela alta emissão de gás carbônico.       Esse contexto desarmônico ainda é uma realidade porque os desafios causados pelo uso supérfluo de automóveis são geralmente humilhantes. Uma prova dessa problemática é, por exemplo, a costumeira superlotação dos trens e ônibus e o indubitável mal planejamento das ciclovias de São Paulo. Dessa forma, as escolhas dos meios alternativos de transportes são preteridos, o que favorece à opção pelo veículo individual e, consequentemente, à deterioração da mobilidade urbana brasileira.       Percebe-se, portanto, que é necessário investir em meios de transportes diferentes dos veículos individuais para restaurar a harmonia da cidade ao diminuir a frota de veículos circulantes. Para isso, o Estado deve melhorar e aumentar a quantidade de transportes públicos, a fim de que estes tornem-se viáveis à população. Além disso, ONGs devem incentivar passeios, como os de bicicletas, para estimular o uso de transporte sustentáveis. Assim, os desafios seriam amenizados e a população brasileira estaria mais perto de encontrar uma harmonia entre pessoas, veículos e meio ambiente.