Enviada em: 19/09/2017

O Fordismo foi considerado o símbolo da Segunda Revolução Industrial, cuja caracterização era a produção automotiva em massa e a redução dos custos do produto final, tornando-os mais acessíveis ao mercado consumidor. No entanto, a urbanização acelerada aliada a precariedade do planejamento público nas cidades cresceram em proporção direta aos desafios da mobilidade urbana no país, refletindo tanto em aspectos sociais quanto ambientais.   O  aumento do poder de comprar da população de classe média e baixa,  os incentivos promovidos pelo Governo Federal ,como  a redução do IPI, junto á situação caótica do sistema público de transporte contribuíram para a expansão do número de carro no trânsito, uma vez que um transporte saturado, violento, destruído e caro, faz a população optar, sem dúvidas, pelo automóvel individual. Estatísticas contabilizam cerca de 50,2 milhões na frota em circulação, número que se associa ,diretamente, a diminuição da qualidade de vida dos habitantes, haja vista o estresse, tempo gasto,  desconforto e desgastes físico-psicológicos causados pelos engarrafamentos.    Consoante a isso, " Inteligência é a habilidade de viver em harmônia com o meio ambiente", a citação de Paul Watson - cofundador da fundação Greenpeace - torna evidente a necessidade de estratégias sustentáveis, equilibrando o desenvolvimento econômico e o uso dos fatores naturais; entretanto, as negligências efetuadas na estrutura mobilística urbana atual revelam uma enorme desproporção nesse âmbito, a alta emissão de dióxido de carbono( principal gás agravador do efeito estufa) e a formação das ilhas de calor nas grandes metrópoles são decorrências comuns.    É notório, portanto, o reflexo das transformações ocorridas durante o século XX no modal grassado atualmente, o qual interfere  nas relações individuais e ecossistêmicas. Desse modo, é fundamental que o Ministério da Cidade junto á parcerias público-privadas reestruturem a rede pública e estrutural de locomoção,  investindo em segurança, readaptando as ciclovias e integrando  os modais, sobretudo  metrô-ônibus, afim de obter um sistema apto e com valor compatível aos serviços. Ademais, A PNUMA em parceria com a Secretaria de Educação deve estimular, através de campanhas publicitárias, não só uso de transportes alternativos e coletivos, mas também a diversificação da matriz energética, garantindo recursos para as gerações atuais e futuras.