Enviada em: 16/09/2017

Mobilidade urbana é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço citadino de um município, tendo o conforto populacional como uma de suas prioridades. No Brasil, esse processo é um problema enfrentado pela maioria das grandes cidades e suas causas estão relacionadas a fatores histórico-econômicos e políticos.        Em primeira análise, é valido destacar que a herança histórica brasileira contribui para o agravamento da dificuldade de locomoção nas cidades. O governo de Juscelino Kubitschek foi caracterizado por a abertura econômica e maior investimento no modal rodoviário. Esse fato incentivou a entrada de multinacionais e, consequentemente, o aumento da produção de carros no país. Aliado a isso, nos últimos anos, a renda média mensal dos brasileiros cresceu, facilitando a obtenção de automóveis. Dessa forma, a facilidade em adquirir um veículo particular aumenta o número de carros circulando e produz problemas como os engarrafamentos.        É fundamental observar, ainda, que a baixa qualidade dos transportes públicos e a inexistência de ciclovias induz a população a adquirir meios de condução privados. Embora o artigo 21 da Constituição Federal vigente afirme ser dever da União proporcionar transporte coletivo de qualidade e facilitar a locomoção urbana, pouco se tem feito pelo Estado a fim de concretizar essa lei. Isso pode ser ilustrado no Movimento Passe Livre, de 2013, o qual mobilizou as pessoas a reivindicarem meios de locomoção comunitários melhores e com um preço justo.     É notório, portanto, que as formas de locomoção no meio urbano são uma problemática no Brasil. Destarte, é necessário que as ONGs, aliadas a mídia, incentivem o uso de bicicletas e ônibus, por meio de campanhas informativas, a fim de haver uma redução do inchaço citadino. Ademais, é preciso que o Poder Executivo Estadual e Municipal reservem parte dos seus recursos financeiros para o investimento em ônibus com maior qualidade e implementação de ciclovias. Surgem, assim, oportunidades de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros.