Enviada em: 21/09/2017

Com o advento da globalização, a população urbana aumentou exponencialmente e, com ela, o número de automóveis que passaram a circular nas cidades também. Nesse âmbito, a problemática da falta de mobilidade urbana torna-se presente. Consoante a máxima de Arquimedes, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço durante o mesmo intervalo de tempo. Destarte, ao comparar-se analogamente, à medida que dois carros não ocupam o mesmo lugar em determinado período, os congestionamentos são gerados e, por conseguinte, a falta de mobilidade fica clara.        Primeiramente, vale salientar que o crescimento discrepante no fluxo de indivíduos e automóveis são frutos de uma urbanização caótica que teve início no final dos anos 50 e permanece até hoje. Esse processo, somado ao aumento do poder aquisitivo da população, é responsável pelo crescimento na falta de mobilidade urbana, pois quanto mais pessoas, há mais carros e menos mobilidade, ou seja, são constantes inversamente proporcionais. Ademais, as cidades foram construídas para comportar um número determinado de pessoas e, com os inchaços urbanos, os recursos disponibilizados por essa tornam-se insuficientes para conter a demanda.        Diante desse cenário, o desenvolvimento de medidas a fim de amenizar os desafios da volubilidade urbana foram realizadas. A priori, os transportes públicos foram considerados subterfúgios para conter a problemática, entretanto, as péssimas condições em que os passageiros eram transportados contribuíram para o acréscimo em medidas que privilegiavam o transporte privado. Outrossim, é de conhecimento mútuo que os ônibus transportam as classes populacionais menos opulentas, assim, os abastados continuam utilizando automóveis pessoais, o que contribui para o aumento no congestionamento das cidades. Além disso, é importante pontuar que esses são mormente responsáveis pela transmissão dos gases que intensificam o efeito estufa.        Dessa forma, com o intuito de amenizar o impasse da falta de mobilidade urbana, urge que medidas sejam tomadas. Os três poderes associados devem incentivar a população a utilizar os transportes públicos, oferecendo descontos nas tarifas àqueles que contribuírem. Ademais, devem melhoras a qualidade das calçadas para que assim exista a possibilidade dos indivíduos locomoverem-se de bicicletas ou a pé sem correrem risco de acidentes. O Ministério da Educação e Cultura precisa realizar palestras nas escolas que ensinem as crianças dos males que o excesso de automóveis podem gerar à natureza. Por fim, a mídia deve veicular propagandas que incentivem a população a utilizarem transportes públicos ou privados desde que utilizem o sistema de “carpool”.