Enviada em: 22/09/2017

Desde o início da adesão do modelo capitalista a economia mundial vem sofrendo várias mudanças, assim como o padrão de vida popular. Com a implantação de indústrias e a busca por novas oportunidades de vida, o êxodo rural provocou um inchaço populacional nas metrópoles causando consequências negativas pela falta de planejamento, sobretudo com a mobilidade urbana e infraestrutura das cidades.       No Brasil, durante o governo de Juscelino Kubitschek, foi adotada a política rodoviária que procurava aumentar a integração do país, mas com a macrocefalia urbana e o trânsito desordenado são desafios enfrentados diariamente pela sociedade. As pessoas que dependem do uso de transporte público se deparam com a superlotação, preços altos de tarifas e engarrafamentos longínquos, estando suscetíveis ao estresse. Desta maneira, além do tempo perdido enquanto estão presas aos automóveis, elas acabam adquirindo danos físicos e psicológicos.       Somado a esses fatores, a falta de priorização de meios alternativos contribui para que a população insatisfeita adquira veículos particulares. Porém, o aumento de carros individuais promovem um trânsito caótico por causa da má sinalização, buracos nas vias e altos índices de violência. Além de problemas estruturais, os carros são responsáveis pela emissão de gases poluentes, dados do governo de São Paulo, publicados em 2012, mostram que se a frota inteira parasse por um dia na cidade, seria evitada a emissão de 535,4 toneladas de monóxido de carbono.       Fica claro, portanto, que o Governo deve visar a melhoria da acessibilidade das pessoas no espaço urbano por meio de políticas de transporte e circulação. Assim, ele deve aplicar as verbas destinadas ao transporte na infraestrutura, transportes coletivos, públicos e não motorizados e, juntamente com a mídia realizar campanhas que incentivem a "carona solidária", "caminhar e andar de bicicleta para ganhar saúde" a fim de diminuir o fluxo intenso de veículos e reduzir a emissão de poluentes. Somente a reestruturação dos transportes públicos poderá permitir que as ruas deixem de ser vias de passagem e voltem a ser locais de convivência.