Enviada em: 25/09/2017

Individualização da mobilidade nas cidades brasileiras   Desde a chegada do primeiro carro ao Brasil em 1891, comprado e importado pelo inventor Santos Dumont, o carro se tornou uma paixão nacional, ao lado do futebol e do carnaval. Além desse fato, a criação do sistema parcelado de compras no país, na década de 1990, e os incentivos do governo ao longo dos últimos 50 anos, com o investimento em construção de estradas e também com incentivos a indústria nacional de automóveis, criou o cenário perfeito para transformar o país em um dos maiores consumidores de automóveis do mundo. Embora, sendo uma paixão nacional e ajudando na criação de empregos e renda, o crescimento, vertiginoso, da quantidade de carros nas ruas vem criando um enorme problema dentro das cidades, em relação a mobilidade das pessoas, principalmente em grandes centros urbanos, como São Paulo.   Por consequência, o sistema de transporte brasileiro, se tornou, quase que exclusivamente, um sistema baseado no indivíduo, transformando engarrafamentos de quilômetros de extensão,  devido à quantidade de pessoas que utilizam o transporte pessoal, principalmente, em horários de picos em uma verdadeira perda de tempo, precioso, e dinheiro da sociedade, transfazendo a icônica frase de Beijamin Franklin, "tempo é dinheiro", em uma verdade no cenário brasileiro. Portanto, a falta de incentivos do governo para o melhoramento do sistema de transporte coletivo brasileiro, o transformou em um sistema que não suporta a quantidade de pessoas, que deveria comportar, em uma cidade como São Paulo, por exemplo. Sendo assim, mais um motivo para a utilização do transporte individual, cobrando-se assim um grande preço na própria população, pois a perda que cada pessoa ou empresa tem, enquanto no deslocamento, é absorvido nos produtos vendidos para a mesma população.    Assim sendo, o individualismo na utilização de transporte no maior país da América Latina, o governo federal deve tomar ações com a finalidade de melhorar a mobilidade coletiva no Brasil, através do Ministério dos Transportes, deve incentivar o uso coletivo do automóvel, como o ônibus ou no incentivo ao compartilhamento de caronas, por meio de campanhas no sistema midiático nacional, como uma forma de solução paliativa e a curto prazo. No entanto, o governo federal em parceria com estados e municípios, deve investir na ampliação dos sistemas de mobilidade de massa do país, como o metrô e bondes elétricos, em vista de uma solução de longo prazo, em razão do país ser um dos mais atrasados, em relação a sistemas similares no mundo. Desse modo, o país pode deixar de perder tempo e dinheiro com o congestionamento e ajudar o meio ambiente com a redução da utilização de combustíveis fósseis.